O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA (Agência Central de Inteligência) a realizar operações secretas na Venezuela, em uma medida que marca a escalada da pressão de Washington contra o regime de Nicolás Maduro.
Segundo autoridades americanas citadas pela imprensa internacional, a diretiva presidencial permite que a agência conduza ações letais e operações encobertas dentro do território venezuelano e em regiões do Caribe. O objetivo, segundo Trump, seria conter o tráfico de drogas e impedir o ingresso de ex-detentos venezuelanos nos Estados Unidos.
“Autorizei por dois motivos: eles esvaziaram suas prisões para os EUA, e as drogas”, afirmou Trump, sem apresentar provas das alegações.
O presidente também declarou que os Estados Unidos têm aumentado as ações de interceptação de carregamentos de drogas por mar e que, agora, os esforços se concentram em rotas terrestres.
Repercussão internacional
A decisão provocou reações imediatas em Caracas, onde o governo de Maduro classificou a medida como uma violação do direito internacional e anunciou que apresentará uma denúncia formal à ONU. Segundo o chanceler Yvan Gil, as ações americanas buscam legitimar uma tentativa de mudança de regime e apropriação dos recursos petrolíferos venezuelanos.
Trump, por outro lado, evitou responder se a autorização inclui permissão para executar Maduro, limitando-se a dizer que “a Venezuela está sentindo calor”.
Especialistas em direito internacional alertam que a autorização pode representar uma grave ruptura dos princípios de soberania nacional, reacendendo temores de intervenção militar semelhante às ocorridas na América Latina durante a Guerra Fria.
Histórico de operações
A CIA tem um histórico extenso de envolvimento em operações secretas na América Latina, variando desde coleta de informações e apoio a grupos locais até ações paramilitares diretas. A agência foi responsável por operações de desestabilização em diversos países durante o século XX e por ações de combate ao tráfico de drogas nos anos 1990 e 2000.
Com a nova autorização, Washington retoma um papel ativo na região e amplia as tensões diplomáticas em meio à crise humanitária e econômica que atinge a Venezuela.
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