Na esteira da investigação sobre o escândalo de fraudes nos descontos de aposentados — conhecido como “farra do INSS” — a CPMI do INSS protocolou, nesta semana, requerimentos para a quebra dos sigilos bancário e fiscal de dirigentes do Sindnapi e da Contag, além da convocação de ex-dirigentes da Previdência. Entre os alvos está Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A senadora Adriana Ventura (Novo-SP) foi uma das autoras dos pedidos que miram o presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza (Milton Cavalo), a coordenadora jurídica da entidade, Tonia Andrea Inocentini Galleti, e o vice-presidente, Frei Chico.
Paralelamente, o senador Izalci Lucas (PL-DF) apresentou requerimentos para estender a investigação à Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais (Contag), incluindo dirigentes como Aristides Veras dos Santos, ex-presidente da entidade, e outros membros. O período de apuração abrange de janeiro de 2019 a julho de 2025.
Segundo o colunista Robson Bonin, a CPMI já soma dezenas de pedidos de convocação e de quebra de sigilo. Entre eles estão nomes como o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, além de ex-dirigentes do INSS, como Alberto Stefanutto e Virgílio de Oliveira Filho.
Os parlamentares defendem que as quebras de sigilo são essenciais para rastrear fluxos financeiros, mapear a estrutura das operações e identificar a participação de agentes políticos e administrativos em um esquema que já causou bilhões em prejuízos aos beneficiários do INSS.
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