O governo federal anunciou nesta quinta-feira (4) o lançamento do programa Gás do Povo, que substitui o Auxílio Gás dos Brasileiros e triplica o número de beneficiados, passando de 5,1 milhões para 15,5 milhões de famílias, o equivalente a aproximadamente 50 milhões de pessoas.
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Diferentemente do modelo vigente, em que o auxílio era pago em dinheiro, agora as famílias receberão botijões de gás de cozinha (GLP) de 13 kg gratuitamente, por meio de um voucher eletrônico ou físico, sem a necessidade de transação financeira no momento da retirada.
O benefício será disponibilizado para famílias com renda per capita de até meio salário mínimo (cerca de R$ 759), inscritas no Cadastro Único, com prioridade para beneficiários do Bolsa Família. A quantidade anual de botijões dependerá do tamanho da família: até 3 botijões para duas pessoas, 4 para três integrantes e 6 para núcleos com quatro ou mais pessoas.
A operacionalização do programa utilizará múltiplos canais: um aplicativo gerenciado pelo Ministério da Cidadania, cartão específico do programa, vale impresso em agências da Caixa e até o cartão do Bolsa Família. As revendas credenciadas devem exibir identidade visual padronizada do programa, facilitando a identificação pelos beneficiários.
O preço de referência do botijão será definido regionalmente pelos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda, com base nos dados da ANP. Esse valor não cobre o frete, que continuará como responsabilidade do beneficiário em caso de entrega domiciliar.
O programa terá cobertura nacional, com destaque para o Nordeste (com mais de 7,1 milhões de famílias beneficiadas), seguido pelo Sudeste (4,4 milhões), Norte (2,1 milhões), Sul (1,1 milhão) e Centro-Oeste (889 mil). Estados como São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro terão mais de 1 milhão de famílias contempladas cada.
A ação faz parte de uma política pública com viabilidade financeira garantida no orçamento: R$ 3,57 bilhões previstos para este ano e R$ 5,1 bilhões estimados para 2026.
O programa Gás do Povo também integra a agenda de combate à pobreza energética, associando saúde, dignidade e segurança alimentar à política de acesso a combustíveis limpos.
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