Politica

Lula reage ao tarifaço e defende soberania brasileira

Presidente classificou como descabidas as tarifas impostas pelos EUA

Escrito por Meon

26 AGO 2025 - 13H30 (Atualizada em 26 AGO 2025 - 16H34)

reposição

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (26) que o Brasil não aceitará “desaforo, ofensas e petulância de ninguém”, em referência às tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos sob a gestão do presidente Donald Trump. A declaração foi feita na abertura da segunda reunião ministerial de 2025, em Brasília, e transmitida ao vivo pelo Canal Gov e redes sociais do governo.

Lula orientou seus ministros a destacarem, em todas as falas públicas, a defesa da soberania nacional. “Estamos dispostos a sentar na mesa em igualdade de condições. O que não estamos dispostos é sermos tratados como subalternos. Isso nós não aceitamos de ninguém. O nosso compromisso é com o povo brasileiro”, declarou.

O presidente afirmou que o Brasil busca relações “cordiais” com todos os países, mas rechaçou a postura de Washington. “Se a gente gostasse de imperador, o Brasil ainda seria monarquia. A gente quer este país democrático, soberano e republicano”, disse.

Impacto das tarifas nas exportações

Na reunião, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, apresentou dados sobre o impacto das tarifas nas exportações brasileiras. Segundo ele, 35,6% dos produtos enviados aos EUA estão sujeitos a uma taxa de 50%, enquanto 41,3% têm tarifa de 10%.

As medidas fazem parte da nova política comercial de Trump, anunciada em abril, que elevou tarifas de acordo com o déficit comercial dos EUA com cada país. Inicialmente, o Brasil foi enquadrado na alíquota de 10%, mas, em agosto, sofreu uma retaliação adicional de 40 pontos percentuais, em resposta a decisões do governo brasileiro que, segundo Trump, afetaram big techs americanas e após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além disso, 23,2% das exportações são taxadas pela Seção 232 da Lei de Expansão Comercial, aplicada globalmente, que estabelece tarifas de 50% sobre aço, alumínio e cobre, e de 25% para automóveis e autopeças.

O governo brasileiro reforçou que seguirá buscando soluções diplomáticas para reverter as medidas, sem abrir mão do direito de negociar em pé de igualdade com os EUA.

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