A ocorrência de pequenas trincas no para-brisa tem solução simples e barata - o reparo do vidro laminado parte de R$ 90 nas oficinas consultadas. No caso dos temperados, como os laterais e traseiros, que estilhaçam em caso de impactos, o conserto não é possível.
Independentemente do caso, o reparo ou a troca deve ser feito o quanto antes, já que rodar com vidros danificados configura infração grave. Se o motorista for flagrado, a pena inclui multa de R$ 127,69 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
O conserto só pode ser feito se a trinca tiver até 10 centímetros de diâmetro e ficar fora do campo de visão do motorista, de acordo com determinações do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Caso o impacto tenha sido na área central na peça, o vidro deve ser trocado.
De acordo com um dos proprietários da oficina Green Glass (3856-0060), na zona norte, Humberto Brito Gonçalves, assim que notar que há uma trinca no para-brisa, o motorista deve tentar cobri-la com algum tipo de fita adesiva. É comum que as seguradoras entreguem algumas unidades desses adesivos ao dono do carro.
Essa solução é paliativa e não evita que a trinca aumente - o objetivo é impedir a entrada de sujeira. Manter o local limpo facilitará o conserto, feito com um equipamento que injeta resina transparente de modo a preencher a área afetada.
Segundo o supervisor de serviços da Ford, Reinaldo Nascimbeni, é impossível evitar o aumento de uma trinca no para-brisa, que se expande por causa da pressão gerada pelo vento e pela torção da carroceria. De acordo com ele, a providência mais segura para resolver problemas com os vidros do carro é a troca da peça.
A substituição é bem mais cara que o reparo e o valor varia de acordo com o modelo do veículo e o tipo de vidro. O para-brisa de um Fiat Palio, por exemplo, sai por R$ 330 na Green Glass, mas a peça pode chegar a R$ 17 mil no caso de um Mercedes-Benz SLK.
Já o para-brisa de um Volkswagen Golf 2014 custa R$ 590 na Cristal Vidros (2703-6945), oficina na zona leste.
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