Em discurso durante a assinatura de ordem de serviço para a construção de 1.461 casas para ex-moradores do Pinheirinho, em São José dos Campos, a presidente Dilma Rousseff pediu para o líder do movimento dos ex-moradores do Pinheirinho Valdir Martins, o Marrom, fiscalizar se "os azulejos da cozinha, do banheiro e o rodapé" estão bem feitos, pois "a casa tem que ser a melhor possível".
A chefe de Estado ressaltou ainda a importância de dar uma vida digna para todos e elogiou os ex-moradores do loteamento por não desistirem do sonho da casa própria. "O Brasil será do tamanho que nós sonharmos", declarou.
A presidente aproveitou a oportunidade para destacar a importância do programa federal Minha Casa, Minha Vida e falou sobre as mais de 25 mil vagas do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) abertas na cidade.
Assinatura e aplausos
Dilma chegou ao bairro Putim, em São José dos Campos, por volta das 11h desta terça-feira (25), onde era aguardada por mais de três mil pessoas, segundo estimativa do Exército.
A presidente, líderes do movimento dos ex-moradores do Pinheirinho, a presidente da Câmara Amélia Naomi (PT), o deputado estadual Marco Aurélio (PT) e o prefeito de São José dos Campos Carlinhos Almeida (PT) foram ovacionados quando subiram ao palco.
Cerca de 400 pessoas ficaram de fora do evento para evitar incidentes. O clima era amistoso e até um camarote foi improvisado por ex-moradores do Pinheirinho que não conseguiram entrar na área onde Dilma assinou o contrato e discursou.
As polícias Civil e Militar, o Exército e militares à paisana faziam a segurança do local.
Pinheirinho dos Palmares
O conjunto habitacional do novo bairro Pinheirinho dos Palmares custará R$ 140,2 milhões e deve ser entregue em setembro de 2015. As casas serão erguidas com recursos do programa Minha Casa, Minha Vida e subsídios do governo do Estado de São Paulo.
Relembre o caso
Em 26 de fevereiro de 2004 o Movimento dos Sem-teto ocupou a área conhecida como Pinheirinho. Mais pessoas foram mudando para o local até que, em 2012, cerca de 1.500 famílias moravam no acampamento.
No dia 22 de janeiro de 2012 a Tropa de Choque da Polícia Militar invadiu o local e retirou as famílias, cumprindo uma determinação da justiça de reintegração de posse da área invadida.
Durante a operação, que teve repercussão nacional, moradores e policiais entraram em confronto, um morador morreu, algumas pessoas ficaram feridas e diversos veículos foram queimados.
(* Com reportagem de Elaine Rodrigues e João Pedro Teles)
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