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Artesp apreende 5 ônibus da Buser em menos de uma semana

Startup afirma que os veículos tinham toda a documentação necessária para realizar o trajeto

Escrito por Ana Lígia Dal Bello

07 DEZ 2021 - 18H22 (Atualizada em 09 DEZ 2021 - 12H23)

Buser

A Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) apreendeu cinco veículos que prestam serviço para a Buser, plataforma de aplicativo de intermediação de viagens de ônibus. Quatro deles na sexta-feira passada (3), e um na segunda-feira (6), todos no KM 156 da via Dutra, em São José dos Campos.

Segundo a agência, a operação de fiscalização constatou que os ônibus “operavam em linha de transporte regular de passageiros sem terem licença para a prestação deste serviço”, mas não especificou qual a licença e por que órgão é emitida.

Como os veículos pertencem a empresas de fretamento que prestam serviços à Buser, elas é que foram autuadas e tiveram os veículos escoltados até a rodoviária nova de São José e, em seguida, removidos ao pátio do DER (Departamento de Estradas e Rodagem).

Em ambas as ocasiões, os passageiros foram desembarcados e, em seguida, seguiram viagem em ônibus de linha regular, devidamente cadastrados.

A Artesp reforça fiscaliza “todas as modalidades de serviços públicos de transporte intermunicipal autorizados, permitidos ou concedidos a entidades de direito privado dentro do Estado de São Paulo”.

“A intenção é coibir quaisquer operações irregulares e clandestinas, que colocam em risco a segurança dos passageiros e os deixam expostos a riscos, por falta de itens básicos no veículo, ausência de documentação adequada e/ou por não honrarem a contratação de seguros”, continua a nota.

Outro lado

A plataforma Buser, por sua vez, “repudia” o que chama de “perseguição praticada pelos fiscais da Artesp”, durante as operações realizadas em São José dos Campos, e afirma que, ao apreenderem ônibus de empresas de fretamento que operam dentro da legalidade, “atuam contra a inovação”.

“A Artesp mostra que ainda não entendeu que a tecnologia veio para ficar, e que as pessoas buscam modernidade, segurança e preços baixos na hora de viajar”, continua a nota.

A empresa ressalta que os veículos apreendidos “tinham todas as licenças necessárias para fazer o trajeto em questão - assim como toda a frota que utiliza a Buser”, e acrescenta que comprou as passagens para que as pessoas que estavam dentro dos ônibus de aplicativo continuassem a viagem nos que saíram de dentro da rodoviária.

“Tanto a startup quanto suas parceiras de fretamento recolhem todos os impostos (...). Por isso, continuaremos trabalhando pela inovação, e promovendo o arejamento necessário para que haja a modernização da legislação”, conclui a nota.

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Por Ana Lígia Dal Bello, em RMVale

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