Claudio Gaspar argumenta valor enquanto Zé Ritinha e Carlinhos da Saúde conferem documentos
Arquivo/Jornal Atos
Um projeto do Executivo que solicitava abertura de Crédito Adicional Suplementar e Especial para a liberação de empenho em R$ 4 milhões para a saúde de Cachoeira Paulista gerou discussões e foi adiado na sessão da última terça-feira. Vereadores de oposição questionaram a proposta, argumentando falta de informações no pedido.
Após indicar cerca de R$ 12 milhões para os gastos com a secretaria de Saúde em 2015, Cachoeira chega ao terceiro mês do ano enfrentando a crise financeira e estrutural que assola a saúde da cidade há anos. Pacientes sofrem com a falta de médico na rede pública e com problemas na Santa Casa, que obrigam os moradores de Cachoeira a buscar atendimento em cidades vizinhas.
Nesta semana, a Prefeitura encaminhou ao Legislativo um projeto que pede a destinação de R$ 4 milhões, que seriam gastos na compra de equipamentos, medicamentos, pagamento de funcionários e acordos trabalhistas. O valor representa cerca de um terço do estipulado no orçamento anual para 2015.
O assunto foi discutido durante a sessão, quando os vereadores Claudio Gaspar (PSB), José Carlos Gomes, o Zé Ritinha (PRTB) e Maximilio Miranda (DEM), membros da comissão de saúde da Casa, apresentaram questionamentos formais pela falta de detalhes na proposta. Eles cobram informações quanto ao destino do valor solicitado, a definição se a Santa Casa de Misericórdia da cidade receberá parte do adicional e ainda dados sobre os gastos dos R$ 12 milhões no orçamento anual.
As críticas foram seguidas por Carlinhos da Saúde (PR) e Breno Anaya (PSC). Os vereadores acreditam que a falta de informação é culpa da organização no Executivo. “O responsável pela elaboração do orçamento nos disse que mal sabia do assunto. Não é surpresa acontecer isso. Temos que investir, mas de forma séria. Não é pelo valor, mas sim como isso será gasto”, criticou Claudio Gaspar, autor dos questionamentos apresentados no projeto.
Zé Ritinha comparou o orçamento de 2015 com os valores de anos anteriores. Ele lembrou que os números caíram de R$ 13,4 milhões em 2012 e 2013, para os R$ 12milhões atuais, mas que isso não mostrou que a Prefeitura não se viu livre dos problemas administrativos no setor.
Para o vereador, além da transparência, o valor é alto. Ele garantiu que a Câmara poderia votar de forma imediata se a solicitação fosse de até R$ 700 mil.
A defesa da bancada do governo foi feita por Marcelo Nunes, o Marcelo Picão (PT). Ele destacou que barrar o pedido significa “paralisar a saúde da cidade”. “A administração passada deixou uma dívida. Os gastos são necessários. Temos que cobrar, mas também ter responsabilidade”.
O pedido de Claudio Gaspar foi aceito pela Casa e a Prefeitura terá agora que encaminhar o projeto com mais informações, solicitadas pelo vereador. “Queremos a transparência do dinheiro. É fácil pedir remanejamento, sem especificar. Se já existem R$ 12 milhões na saúde para este ano, remanejar mais R$ 4 milhões assim é sangria desatada. Tem que dar tempo para se discutir, não colocar o projeto para votar sem as devidas explicações”.
Prefeitura
De acordo com o Executivo, o projeto foi encaminhado à Câmara para que os R$ 4 milhões fossem destinados às despesas da Santa Casa. Em nota, a Prefeitura que foi solicitada uma complementação orçamentária para atender ao item “Subvenção Social do Orçamento”.
Se aprovada a liberação, a verba será repassada para a entidade, com repasses parcelados, de acordo com a necessidade do hospital.
Boleto
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