A Polícia Civil encontrou 46 pessoas internadas numa clínica de reabilitação em Pindamonhangaba, nesta quarta-feira (4). Elas estavam sob cárcere privado; o local foi interditado imediatamente.
De acordo com nota enviada pelo MP (Ministério Público) à reportagem do Portal Meon, a clínica já tem longo histórico de denúncias de irregularidades. Dois dos responsáveis pela instituição respondem pelo crime de tortura, na forma omissiva ou comissiva (por omissão ou por ação, respectivamente).
A nota ainda afirma que a clínica em questão teria se comprometido a não trancar os pacientes e comunicar todas as internações involuntárias ao Ministério Público, em até 72 horas.
Os 46 internos foram encontrados trancados pelo lado de fora nos seus alojamentos. Segundo as denúncias, grande parte deles estava há mais de 90 dias internada compulsoriamente. Apesar do flagrante, a clínica afirmou que não havia pacientes internados nessas condições.
Os pacientes ainda afirmaram que a clínica impedia o contato direto deles com os familiares e cobrava, inclusive, taxas de R$35 para que fossem vacinados contra a Covid-19.
Medicamentos de uso restrito foram encontrados dentro da porta do carro de um dos pacientes. Posteriormente, o MP foi informado de que manter a medicação guardada no carro era procedimento orientado pela própria instituição.
Aos pacientes com transtorno mental, foi pedido apoio da prefeitura e do Comad (Conselho Municipal Antidrogas) para que sejam provisoriamente abrigados. Já os internados há mais de 90 dias foram liberados, conforme estabelecido por lei, para retornarem às suas casas.
O Portal Meon teve acesso ao Boletim de Ocorrência do caso em que o nome de Sérgio Francisco Hondjakoff Mendonça, o Cabeção da novela teen “Malhação”, da Rede Globo, constava.
Entretanto, em vídeo publicado na conta pessoal do Instagram, o ator negou a internação e afirmou estar com sua família, em Resende, sudoeste do estado do Rio de Janeiro.
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