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Custo da cesta básica na RMVale já compromete 42% do salário mínimo

Combustível mais caro, lockdown em cidades chinesas e conflito entre Rússia e Ucrânia influenciam alta dos produtos

Escrito por Ana Lígia Dal Bello

06 MAI 2022 - 18H48 (Atualizada em 15 MAI 2022 - 13H09)

Reprodução

O custo da cesta básica na RMVale já compromete 42,50% do salário mínimo, segundo pesquisa do mês de abril, realizada pelo Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), da Unitau (Universidade de Taubaté).

A cesta teve elevação de preço de 3,01% no mês passado, passando de R$2.500,64, em março, para R$2.575,93. O aumento dos custos de produção, da logística e dos insumos, motivados pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, além do lockdown em grandes cidades da China afetam os preços dos produtos.

Campos do Jordão tem a cesta mais cara da região, com média de R$2.635,40, enquanto São José dos Campos tem a mais barata, com média de R$2.497,03.

Comparação com 2021

Num ano, a cesta básica ficou R$553,44 mais cara, em comparação com abril de 2021. O percentual de 27,33% é maior do que a inflação, que foi de + 12,03% no ano.

Produtos que tiveram alta nos preços em abril:

  • Batata (+ 28,66%)
  • Leite em Caixa ( + 10,71%)
  • Tomate (+ 10,01%)
  • Feijão ( + 8,54%)
  • Óleo de Soja (+ 10,10%)

Produtos que tiveram redução nos preços em abril:

  • Mamão formosa ( - 13,18%)
  • Cenoura ( - 8,35% )
  • Alho ( - 2,51% )

Litoral Norte

Em março, os munícipes do Litoral Norte desembolsaram R$725,93 na cesta básica, já em abril, gastaram ao menos R$752,97, o que representa alta de 3,72%. A informação é da pesquisa mensal do Centro Universitário Módulo e FSS (Faculdade de São Sebastião).

Ilhabela tem a cesta mais cara, R$ 756,24, enquanto Caraguatatuba tem a mais em conta, R$746,06.

Produtos que tiveram alta nos preços em abril:

  • Batata (43,78%)
  • Leite (8,65%)
  • Pão francês (6,13%)
  • Farinha de trigo (4,55%)

O único produto que apresentou baixa no mês de abril foi a banana: - 6,46%.

Além do custo de produção ter ficado mais caro, outra razão para o encarecimento do trigo e do pão francês é a guerra no Leste Europeu, afinal, os dois países são grandes produtores de trigo. O Brasil depende de, aproximadamente, 60% do trigo importado.

A queda no preço da banana é resultado do aumento da oferta desta fruta, com a chegada de uma nova safra, situação que já havia sido observada no mês de março.

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Por Ana Lígia Dal Bello, em RMVale

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