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Demissões na Embraer vão a julgamento na Justiça do Trabalho

Sindicato diz que Embraer não teve interesse em acordo e empresa afirma que a entidade se negou a negociar optando por judicializar o caso

Escrito por Fernanda Niquirilo

31 MAR 2021 - 16H12 (Atualizada em 31 MAR 2021 - 16H43)

Divulgação/Embraer

A demissão de 2,5 mil trabalhadores da Embraer vai a julgamento na Justiça do Trabalho por falta de conciliação com o sindicato. Segundo Francisco Alberto da Motta Peixoto Giordani, que é vice-presidente judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, a determinação foi feita por conta de um "desinteresse" na tentativa de conciliação entre ambas apresentado pela empresa.

Nesta terça-feira (30), foi publicada uma decisão que mostra que ao serem consultadas sobre a definição de uma nova audiência de conciliação, a Embraer e as subsidiárias teriam informado à Justiça do Trabalho que a audiência de conciliação não geraria efeitos práticos.

Com isso, o desembargador determinou que o processo volte para continuidade do julgamento.

O que diz o Sindicato dos metalúrgicos

Em nota o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos informou que mesmo fora dos tribunais, a empresa já deixou claro que não tem qualquer interesse em dialogar.

Afirma ainda que desde setembro de 2020, o sindicado tentava agendar reuniões com a Embraer para negociar questões referentes a home office, Campanha Salarial, licença remunerada e as condições sanitárias dos trabalhadores em meio à pandemia.

“A falta de interesse da Embraer em participar da audiência de conciliação ressalta ainda mais a postura autoritária e irresponsável da empresa. Nem mesmo o crescente desemprego que assola o país é capaz de fazer com que a Embraer assuma sua responsabilidade social e reintegre os trabalhadores”, afirma o diretor do Sindicato, Herbert Claros.

O que diz a Embraer

A Embraer divulgou uma nota afirmando que manteve diálogo contínuo com todas entidades sindicais em busca de alternativas para minimizar os impactos da pandemia e a necessidade de reestruturação da companhia em 2020.

Informa ainda que "a ampla maioria das negociações resultou em acordos. As exceções foram os Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e de Araraquara que se recusaram a negociar os três PDVs e sequer levaram o tema para apreciação da categoria.

Posteriormente, mesmo tendo a empresa tentado realizar acordos em audiências de conciliação, o sindicato de São José dos Campos optou por judicializar o caso, e promoveu a divulgação de informações manipuladas a respeito da Companhia.

A empresa afirma que diante dessas atitudes e o uso político que a entidade sindical faz do caso com o objetivo de tumultuar o processo judicial já iniciado, a Companhia optou por aguardar a decisão final do TRT da 15° região".

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Por Fernanda Niquirilo, em RMVale

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