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Deputados federais aprovam aumento do fundo eleitoral, que passa de R$2 bilhões para quase R$6 bilhões

Dos parlamentares da RMVale em atividade, apenas um foi contrário a aumentar a reserva de dinheiro público destinada às campanhas eleitorais

Escrito por Ana Lígia Dal Bello

15 JUL 2021 - 21H35 (Atualizada em 15 JUL 2021 - 21H57)

Os deputados federais aprovaram nesta quinta-feira (15) o projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2022, que contém a proposta de aumento da verba para o fundo eleitoral para o ano que vem, de cerca de R$ 2 bilhões para mais de R$ 5,7 bilhões.

O valor é quase o triplo do utilizado nas eleições municipais de 2020.

Os recursos do fundo, que vêm do pagamento de impostos pelos brasileiros, são divididos entre os partidos políticos para financiar santinhos, vídeos e outros tipos de divulgação durante as campanhas eleitorais. De acordo com o texto da proposta, a verba do fundo será vinculada ao orçamento do Tribunal Superior Eleitoral.

O projeto foi aprovado por 278 votos a 145, com apenas uma abstenção.

Região

Dos três deputados federais da RMVale eleitos, um está de licença e não compareceu à votação, é o deputado Milton Vieira (Republicanos). O outro, deputado Eduardo Cury (PSDB), votou contra o aumento. E o terceiro, o deputado Marcio Alvino (PL), votou a favor do aumento do fundo eleitoral.

Questionado, o deputado Eduardo Cury respondeu que a votação foi simbólica. "Apesar disso, fui um dos poucos deputados que encaminhou declaração escrita de voto, me manifestando contra o aumento dos recursos para o Fundo Eleitoral. Da mesma forma com que votei contra a criação do Fundo Eleitoral em 2017, não poderia ser a favor desse aumento agora”.

Embora não seja ilegal, pois se trata de ajuste na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022, na visão do psdbista, “esse aumento é inoportuno e injustificável, especialmente nesse momento de crise provocada pela pandemia, em que temos mais 14 milhões de desempregados, empresas fechando, inflação se acelerando e contas públicas negativas”.

O deputado acredita que o dinheiro público poderia ser melhor empregado. “Esses recursos deveriam ser direcionados para a área da saúde, para a aquisição de vacinas, reforço no tratamento hospitalar ou ainda, nos programas sociais para combater a fome e a miséria agravadas pela pandemia, ampliando o auxílio emergencial, por exemplo”, conclui.

Procurado pela reportagem do Portal Meon, antes do horário da votação, o deputado Marcio Alvino (PL), não retornou o contato feito via e-mail e telefone.

"Golpe do Fundão"

O deputado estadual Sérgio Victor (Novo), também da região, divulgou um abaixo assinado do partido contra o que foi apelidado de “Golpe do Fundão”. Além do abaixo-assinado, o Novo pediu a exclusão da proposta de aumento de verba, o que foi recusado pelos deputados. 

O texto também passou no Senado, por 40 votos a 33. A seguir, segue para sanção presidencial.

* Com informações da Agência Brasil.

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