Antes de encerrar a coletiva de imprensa desta quinta-feira (23), o governador do Estado, João Doria, citou o prefeito de São José dos Campos Felicio Ramuth e mandou um recado. O motivo é a polêmica que envolve a possível reabertura do comércio proposta pelo município, antes do fim da quarentena estadual que foi prorrogada para o dia 10 de maio.
Felício briga na justiça para manter o decreto de que a reabertura parcial para uma parte dos estabelecimentos ocorra na próxima semana, a partir do dia 27. Ele entrou com recurso contra a decisão da justiça, que suspendeu a medida. O pedido foi feito pelo Ministério Público com base no risco do relaxamento da quarentena, como ressaltou Doria, durante a entrevista no Palácio dos Bandeirantes na capital:
"O prefeito está no seu direito de recorrer evidentemente, aliás é um bom prefeito de São José dos Campos, eu não discuto a sua qualidade, mas discutimos a oportunidade. Não é hora de fazer nenhum tipo de relaxamento em nenhuma cidade de São Paulo. Mesmo para bons prefeitos, boas prefeitas e prefeituras bem avaliadas, não é hora. Vamos aguardar até o dia oito de maio, que é a data onde nós vamos anunciar de forma detalhada as áreas e este comportamento diferenciado para regiões e cidades do estado de São Paulo. Aonde a medicina, a saúde e a ciência orientarão de que é possível gradual e seguramente termos uma diferenciação para a quarentena e é assim que vamos agir." disse o governador de São Paulo.
O governo do Estado estabeleceu que essa reabertura que será gradual, seja feita em todas as cidades a partir de 11 de maio A justificativa é que o risco de contágio pelo coronavírus, mortes e um colapso na saúde possam ocorrer se houver descumprimento. Disse que tem conversado com os prefeitos, mas não descartou tomar medidas legais, como no caso de São José.
Por enquanto o prefeito Felicio Ramuth não se manifestou publicamente sobre as declarações feitas por João Doria na coletiva desta quinta-feira.
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