Por Jefferson Santos Em RMVale Atualizada em 23 ABR 2020 - 14H04

Felicio denuncia 'viés ideológico' e pede que juíza se julgue ‘impedida de qualquer ação perante a prefeitura’

Mãe de magistrada atacou prefeito em redes sociais e antecipou decisão do TJ que suspendeu decreto que permitia abertura de comércio em São José

Reprodução/Facebook
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O prefeito Felicio Ramuth (PSDB) denunciou "viés ideológico" e pediu que a juíza, que barrou o decreto que libera comércio em São José, "se julgue impedida de qualquer ação perante a prefeitura". O ataque aconteceu em um vídeo, publicado pelo tucano em suas redes sociais, e tem como motivo uma publicação feita pela mãe da juíza onde ela chama o prefeito de "vagabundo" e antecipa a decisão judicial. 

Nas redes sociais, a mãe da juíza teria publicado que "o judiciário não vai permitir que o prefeito de São José dos Campos reabra o comércio da cidade no dia 27 de abril”. A publicação, segundo Ramuth, aconteceu na segunda-feira (20), antes mesmo de a Justiça suspender em liminar o decreto da prefeitura. 

O decreto foi publicado pela administração na última sexta-feira (18) e permitia o funcionamento temporário de parte do comércio na cidade. O Ministério Público Estadual entrou com ação e pediu a suspensão dos efeitos da medida, o que foi acatado pela juíza Laís Helena de Carvalho Scamilla Jardim, da 2ª Vara da Fazenda Pública, apenas nesta quarta-feira (22).

No vídeo, Felicio critica a conduta da mãe da magistrada dizendo que ela teria o ofendido ao chamá-lo de “vagabundo”. “A gente percebe aí um viés ideológico não só na mãe, mas talvez, também, na doutora juíza. A ideologia cada um tem a sua, o que a gente não pode é extrapolar os nossos universos ideológicos para a nossa profissão”, afirmou Ramuth.

Em outro momento, o prefeito aproveita para fazer um pedido à juíza: “eu quero aqui fazer um pedido a doutora Laís, a juíza, que aproveite essa oportunidade para se julgar impedida de qualquer ação perante a prefeitura. A partir de hoje as ações dela para julgar a prefeitura é, no mínimo, antiética”, lamentou.

Ao Meon, o Tribunal de Justiça informou que "não se pronuncia sobre decisões judiciais ou sobre quaisquer manifestações feitas a elas. Para a contestação de decisões existem os mecanismos recursais previstos na legislação". 

A reportagem procurou a mãe da juíza pelas redes sociais, mas não obteve retorno até esta publicação. A reportagem também tenta contato com a juíza e esta aberta à manifestação das partes.

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