Por Moisés Rosa Em RMVale

Em Cruzeiro, empresa recorre ao Ministério Público contra Rafic Simão

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Vice-prefeito Rafic Simão (PMDB)

Reprodução

A Santa Clara Mais Vida, uma prestadora de serviços da área de saúde, encaminhou na semana passada uma representação ao Ministério Público contra o vice-prefeito de Cruzeiro, Rafic Simão (PMDB), acusado de suspender um contrato sem comunicar a empresa.

O contrato foi cancelado em abril, quando Rafic assumiu o comando da prefeitura por 16 dias, depois que Ana Karin (PR) teve o mandato cassado. À ocasião, o então prefeito teria contratado uma empresa de Minas Gerais para prestar os serviços de UTI (Unidade de Tratamento Móvel) que era oferecido pela Santa Clara.

Rafic suspendeu o contrato com a Santa Clara sob o argumento de possíveis irregularidades na empresa em procedimentos administrativos, com funcionários fantasmas que recebiam vencimentos, como se estivessem trabalhando. O caso é investigado por uma CEI (Comissão Especial de Inquérito), solicitada pela Câmara de Cruzeiro.

"Devido à cassação da prefeita, ao assumir o cargo [Rafic] contratou outra empresa para prestar serviços de remoção, no qual sou o prestador do mesmo à prefeitura através de licitação, pregão número 71/2013. Sem comunicar rescisão a meu contrato ou sequer publicar seu ato no Diário Oficial ou até mesmo no Portal Transparência, passou o serviço de remoções para outra empresa de Minas Gerais", afirma o dono da empresa, Beto do Renato, que foi candidato a prefeito de Cruzeiro nas Eleições de 2002.

Beto do Renato diz que a Câmara de Cruzeiro derrubou, em 30 de junho, a licitação para o transporte na saúde, aprovando uma nova lei excluindo parentescos do processo. "Fundamentaram parentesco meu com o presidente da Câmara, só que na época da contratação feita pela prefeitura, mediante a licitação, sabiam que eu era tio do presidente. Acho que tudo isso não passa de ato político contra minha pessoa, senão não teriam feito tudo desta forma contra as leis", comenta.

Outro lado
Segundo Rafic, quem cancelou o contrato com a empresa foi o secretário de Saúde da época, Alessandro Gomes. "Na época, identificamos um superfaturamento da quilometragem das viagens. Ida e volta para São Paulo não dá 1.100 quilômetros. Então, foi cancelado o contrato de forma correta", conta.

"Além disso, só foi contratada outra empresa porque a Santa Clara se negou a fazer o transporte alegando que não recebeu, mas não podíamos pagar por algo que estava errado. Estou tranquilo em relação à representação, acusar é uma coisa, o promotor acatar é outra", completa.

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