Segunda reunião entre Embraer e Sindicato acontece nesta sexta-feira (10)
Divulgação
O Sindicato dos Metalúrgicos e a Embraer devem se reunir nesta sexta-feira (12) para prosseguir com as discussões sobre um possível PDV (Plano de Demissão Voluntária), que a empresa pretende aplicar em suas fábricas no Brasil.
Na última reunião, realizada nesta quarta-feira (10), a empresa não informou qualquer das metas de adesão ao PDV ou possíveis benefícios a serem oferecidos aos funcionários. A Embraer pretende economizar cerca de US$ 200 milhões com a medida.
De acordo com o Sindicato, o valor é o mesmo provisionado pela Embraer para pagamento de uma multa referente ao caso de propina que está sendo investigado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. O caso foi denunciado em 2010 pelo Departamento de Justiça do governo dos Estados Unidos.
“A verdade é que a Embraer não está passando por problemas de produção. Ao demitir trabalhadores, a empresa quer resolver um problema de caixa criado por ela própria. Por isso, insistimos em defender a estabilidade no emprego para todos os trabalhadores”, afirma o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Herbert Claros.
Outro lado
Por meio de nota oficial, a Embraer se manifestou explicando a situação de mudanças no mercado de aviação executiva e comercial, levando a necessidade de diversas empresas da indústria aeronáutica se adaptarem à realidade do mercado.
"Como parte desse processo será necessário readequar a estrutura administrativa e operacional da companhia e a Embraer anunciou que adotará um Plano de Desligamento Voluntário (PDV) para funcionários das unidades do Brasil. A Embraer entende que o PDV dá a oportunidade de decisão ao funcionário e oferece um pacote atraente de benefícios. Todas as definições relativas ao PDV estão ainda sendo estudadas e serão divulgadas ao término desse processo, que deve levar algumas semanas.
A Embraer acredita e trabalha pela superação desse momento. A companhia precisa assegurar sua perenidade e, para isso, necessita manter grande disciplina financeira, tomando ações imediatas."
A empresa também informou que "não há qualquer relação entre a economia de US$ 200 milhões anuais prevista com as medidas de redução de custos e o provisionamento realizado no último trimestre. Essa economia almejada pela empresa é em custos recorrentes - ou seja, que incidem ano após ano. Já o valor do provisionamento - que é apenas uma reserva, ainda sujeita à negociação em andamento com as autoridades americanas - só será desembolsado se o acordo for concluído e o valor confirmado, e será pago apenas uma única vez. A adoção de medidas de redução de custos, entre elas o Plano de Demissões Voluntárias (PDV), ocorre em razão do cenário desafiador observado no mercado aeroespacial global, que levou a Embraer a reduzir suas estimativas de entregas e de resultados para o ano, conforme detalhado na divulgação de resultados do segundo trimestre, no último dia 29 de julho."
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