Por Meon Em RMVale

'Estamos juntando os cacos para seguir em frente', diz marido de vítima do acidente em Angra dos Reis

Fora de perigo, Camila e Natacha estão internadas em São José dos Campos

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Camila Precoma e Natcha de Oliveira estão internadas no Hospital da Vila 

Arquivo Pessoal/Vitor de Carvalho

Duas das vítimas do acidente em Angra dos Reis (RJ), Camila Precoma e Natacha de Oliveira, se encontram internadas em observação no Hospital da Vila Industrial em São José dos Campos, após terem sido transferidas na manhã de domingo (1°). Uma das vítimas fatais, Walquiria Barros de 29 anos, foi sepultada no domingo.

De acordo com o marido de Camila, Vitor de Carvalho, as amigas passaram por cirurgias nos pés e se encontram fora de risco de morte e com a recuperação avançada.

“As duas amputaram o dedinho do pé. A Camila quebrou os quatro dedos e teve um corte profundo no tendão. As operações foram  bem sucedidas e a estimativa é que até o fim da semana elas recebam alta", relatou o esposo de uma das vítimas, que também estava no local no momento do acidente.

Vitor contou que o grupo de amigos realiza viagens para Angra dos Reis há 11 anos e que no momento do acidente havia 16 pessoas no local, como o filho do casal que estava no colo da Camila. Segundo ele, no momento não havia ninguém do policiamento marítimo, como equipe de resgate, no local.

“Estamos juntando os caquinhos para seguir em frente. Gostaria de pedir para as autoridades que a partir do que aconteceu conosco, sejam averiguadas as áreas para banhistas, para que não aconteçam mais acidentes e que tudo isso não passe em branco”, faz o pedido emocionado.

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O 1° Distrito Naval (Com1ºDN), responsável por a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro, explicou, por meio de uma nota, enviada nesta segunda-feira(2), como funciona funciona o policiamento nos portos, que segundo eles , são fiscalizados diariamente. Confira :  

"A Marinha do Brasil (MB), por meio do Comando do 1º Distrito Naval (Com1ºDN), esclarece que a Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) e suas organizações militares subordinadas (Delegacia da Capitania dos Portos em Angra dos Reis, Delegacia da Capitania dos Portos em Itacuruçá, Delegacia da Capitania dos Portos em Macaé, Delegacia da Capitania dos Portos em Cabo Frio, Agência da Capitania dos Portos em Parati e Agência da Capitania dos Portos em São João da Barra), atuam nas águas interiores e no litoral do Estado do Rio de Janeiro, fiscalizando o tráfego aquaviário, diariamente, nas atribuições que são da competência da Autoridade Marítima.

De acordo com a Lei 9.537/1997 (LESTA) e o seu regulamento, Dec. 2.596/1998 (RLESTA), as atribuições e competências da Autoridade Marítima brasileira se referem, exclusivamente, à segurança da navegação, salvaguarda da vida humana no mar e a prevenção à poluição ambiental, provocada por embarcações.

A CPRJ esclarece, ainda, que mantém uma equipe de Busca e Salvamento (SAR) de prontidão, para atender denúncia e apoiar eventuais acidentes, atuando em conjunto com outros órgãos, como o Corpo de Bombeiros Militar, sempre que há solicitação de socorro no mar. Os Órgãos de Segurança Pública, por sua vez, atuam na segurança das pessoas e dos bens patrimoniais, nas orlas das praias, rios e lagos. Já o Porto Organizado possui a sua própria estrutura de segurança.

A Marinha disponibiliza o número 185 para caso de emergências marítimas, dispondo de uma estrutura de salvamento de vidas humanas em perigo no mar, por meio de equipes de prontidão, empregando navios, aeronaves e embarcações de resgate, que são empregadas em caso de necessidade."

Entenda o caso

Quatro pessoas foram atropeladas por uma lancha na tarde desta sexta-feira (30). Duas pessoas morreram, Alexandre da Silva Leite, do Rio de Janeiro, e Walquíria Barros, moradora de São José dos Campos. Outras duas ficaram feridas, Camila Precoma e Natacha de Oliveira, ambas moradoras de São Jose.

O acidente aconteceu em um ponto turístico de Ilha Grande, a Lagoa Azul , quando os quatro e pelo menos mais 12 pessoas que estavam na escuna, foram atropelados por uma lancha desgovernada. Alexandre morreu na hora, com ferimentos graves no peito, já Walquíria foi encaminhada para o Hospital de Japuíba, mas não resistiu aos ferimentos nas pernas e morreu a caminho do hospital.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, a perícia pode apontar que a lancha estaria com problemas no motor. O condutor da embarcação foi ouvido e indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, sendo liberado após pagar a fiança de R$ 2 mil. 

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Alexandre da Silva Leite (vítima fatal) e Vitor de Carvalho minutos antes do acidente 

Arquivo Pessoal/Vitor de Carvalho

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