
Bombeiros chegam ao local após explosão de bomba durante simulação
Elizânio Silva/Meon
Cerca de 360 pessoas, entre agentes de seguranças e figurantes, participaram da simulação de um atentado terrorista no aeroporto Professor Urbano Ernesto Stumpf, em São José dos Campos, na quinta-feira (21). O objetivo foi treinar as equipes para uma possível situação real durante os Jogos Olímpicos que começam no dia 5 de agosto.
De acordo com o 1º tenente Pedro Henrique Mombergue do 3º BAEP, as forças de segurança precisam estar afinadas em caso de necessidade. "Precisamos estar afinados, preparados para o pior. As equipes devem interagir com tranquilidade numa iminência de ato terrorista", disse.
O aeroporto
Durante os Jogos Olímpicos, o aeroporto de São José dos Campos ficará de stand by. Numa eventual necessidade é ele quem irá receber os voos transferidos de outros cinco aeroportos: Viracopos, em Campinas, Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e Cumbica e Congonhas, em São Paulo.
A gerente de operações e segurança da Infraero em São José, Angelina Saito, disse que a localização estratégica do aeroporto definiu a escolha.
"Além de estarmos no eixo Rio - São Paulo, temos uma pista longa que pode receber qualquer aeronave. Temos capacidade de atender até 1.700 passageiros por dia", declarou.
A gestora afirmou ainda que, num eventual atentado, o aeroporto de São José precisa estar preparado, já que os Jogos Olímpicos devem movimentar muitos passageiros.

Dr. Fernando Fonseca, coord. do SAMU
Elizânio Silva/Meon
A simulação
No simulado, um terrorista explodiu uma bomba no saguão de embarque do aeroporto. Dezenas de pessoas aguardando seus voos ficaram feridas. Na sequência, a equipe do 3º BAEP chegou para isolar o local, até a chegada do socorro.
Um segundo terrorista foi identificado e imobilizado por um cão, que atua em situações de risco. O terrorista foi algemado e preso.
Em cerca de dez minutos (numa situação real, a chegada do socorro pode demorar até vinte minutos) as primeiras viaturas do Corpo de Bombeiros chegaram para classificar os feridos. Logo em seguida, as primeiras ambulâncias com socorristas, o Grau (Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências) e o Samu também deram suporte.
O helicóptero Águia encaminhou os feridos mais graves para o Hospital Municipal.
Segundo o coordenador do SAMU em São José, Dr. Fernando Fonseca, numa situação real de catástrofe, a organização é fundamental. Eles utilizam o método Start (Simples Triagem e Rápido Tratamento) de classificação de vítimas.
"Nós estendemos três lonas de cores diferentes. Para lona vermelha são encaminhadas as vítimas gravíssimas, na amarela, as vítimas graves e na verde os feridos leves. Isso ajuda muito na hora de fazer o atendimento e definir para onde serão encaminhadas", afirmou.

Lonas estendidas para receber feridos
Elizânio Silva/Meon
Polícia Federal
O delegado da Polícia Federal em São José, Vinícius Loque Sobreira, que assume a situação na eventualidade de um atentado, disse ser fundamental estar preparado para lidar com o terrorismo.
"A Polícia Federal conta com uma divisão antiterrorismo já há muitos anos e atualmente o terrorismo é um problema real. Precisamos estar prontos para agir caso necessário. Os terroristas atuam com o elemento surpresa. Não sabemos de onde pode vir a ameaça", declarou.
Durante os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro todo o efetivo da PF na região deve estar de prontidão e as forças de segurança integradas.
Completaram a equipe de ação o Batalhão de Infantaria, a Defesa Civil, a Rede Integrada de Emergência do Vale do Paraíba e a Cruz Vermelha.
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