Por Samuel Strazzer Em RMVale Atualizada em 18 AGO 2020 - 10H01

Funcionários dos Correios aderem a greve na RMVale; serviços funcionam com apenas 20% da capacidade

A adesão da greve é de 80% sendo mantidas apenas as entregas essenciais


Funcionários dos Correios da RMVale aderiram a greve que acontece em todo o território nacional nesta terça-feira (18). Somente 20% do efetivo está em operação.

Segundo o Sintect (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares) da RMVale, a greve foi motivada pela alteração em alguns direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias e auxílio creche, entre outros.

O estado de greve na região foi aprovado em assembleia realizada em São José na noite desta segunda-feira (17). A adesão da greve é de 80% na região. Foram mantidas apenas as entregas essenciais.

A categoria informou que não haverá ato ou protesto por ser uma greve em meio a pandemia, para evitar aglomerações. Os trabalhadores farão avaliação diária da greve, que é por tempo indeterminado.

Ainda segundo a categoria, a principal intenção é pressionar a Justiça para conceder uma decisão favorável no julgamento da manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho – onde estariam definidos os benefícios. O julgamento deve ser feito até sexta-feira (21).

Por nota, os Correios informaram que dados sobre o efetivo ainda estão em apuração. Disse ainda que não pretendem suprimir direitos dos empregados, mas propõe ajustes dos benefícios concedidos. Informou também que tem um Plano de Continuidade de Negócios para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa.

     

Confira a nota completa:

"Os Correios não pretendem suprimir direitos dos empregados. A empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados conforme contracheques em anexo que comprovam tais afirmações.

Sobre as deliberações das representações sindicais, os Correios ressaltam que possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa.

No momento em que pessoas e empresas mais contam com seus serviços, a estatal tem conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, movimentando a economia nacional.

Desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.

A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período - dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida.

Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos."

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Samuel Strazzer, em RMVale

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.