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Haddad aponta investimentos e ataca rivais durante sabatina em São José

Candidato ao Governo do Estado de São Paulo falou sobre saúde, inovação, segurança pública e corrupção

Escrito por Léo Lenzi

23 SET 2022 - 21H31

Léo Lenzi/Meon

O candidato a governador de São Paulo, Fernando Haddad (PT), participou de sabatina na ACI de São José dos Campos na tarde desta sexta-feira (23).

O petista enfatizou os pontos principais de investimentos que pretende realizar na RM Vale, se eleito, com ênfase nos setores de saúde, inovação, segurança pública e corrupção, entre outros.

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Questionado sobre sua não reeleição como prefeito de São Paulo nas eleições de 2016, e quais possíveis erros de seu mandato à frente da capital paulista, Haddad disse respeitar a decisão dos eleitores, mas que ele sofreu com o impeachment da presidente Dilma, que refletiu em aversão ao partido para aquele ano.

“Se eu começar a pensar se o eleitor errou, vamos começar a questionar a eleição democrática. O eleitor, na minha cabeça, ele é soberano. E se ele errou, na minha concepção, é uma questão dele. Ele que vai avaliar na sua consciência se fez certo [...] PT perdeu 60% dos votos no Brasil na eleição de 2016, porque foi o ano do impeachment. Era muito difícil desassociar uma coisa da outra”, pontuou o político.

Léo Lenzi/Meon
Léo Lenzi/Meon
Fernando Haddad sabatina São José dos Campos 2022


Haddad também fez ataque aos seus principais concorrentes na disputa do pleito de governador, Rodrigo Garcia (PSDB) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), além do juiz Sergio Moro, que condenou o ex-presidente Lula em 2018, revertida no ano seguinte.

“O Rodrigo Garcia nunca foi do PSDB. Foi do DEM a vida inteira e mudou de partido para se candidatar ao governo porque não tinha moral para se candidatar pelo DEM. E o nosso amigo Tarcísio, não sabe o endereço dele. A gente não tem essa. Eu estava com Lula e tudo que eu disse que ia acontecer entre 2016 e 2018 aconteceu. Eu dizia: ‘o Moro vai ser desmascarado, a ONU vai condenar o Moro’. Quantas vezes eu não disse isso? Eu nem conheço nada da ONU, mas eu dizia ‘se a ONU ler esse processo, vai condenar o Moro’. Paguei o preço e pagaria mil vezes para estar do lado certo”, afirmou.

Ele ainda criticou a gestão do governo Dória e Rodrigo em relação aos impostos: “Nós estamos subindo impostos enquanto outros estados estão baixando. E olha os impostos que o Dória e o Tarcísio subiram nos últimos quatro anos, é uma lista enorme, incluindo alimentos, medicamentos e materiais de construção. Não é supérfluo. Aliás, supérfluo é onde baixaram, a querosene do avião, o resto subiram”.

Léo Lenzi/Meon
Léo Lenzi/Meon
Fernando Haddad sabatina São José dos Campos 2022


Marcaram presença no evento outros nomes do diretório petista, entre eles o candidato a deputado federal Wagner Balieiro e a vereadora Amélia Naomi. A sabatina é realizada na ACI de São José dos Campos e organizada pelo Jornal O Vale e a TV Band Vale. Apoiadores de Haddad estiveram presentes no local e se manifestaram conforme o candidato dava suas declarações. Confira alguma das pautas abordadas:

Saúde

Haddad afirmou que, se eleito, a ênfase na área de saúde será na construção de ambulatórios para procedimentos cirúrgicos mais simples e desocupar leitos de hospitais regionais

“O hospital regional é importantíssimo, mas ele tem uma questão, que é hotelaria. Isso é caro e muitas cirurgias podem ser feitas em ambulatório sem exigir internação. Nós estamos gastando com hotelaria um paciente que pode ser operado rapidamente e se reestabelecer em casa. Nossa proposta é, além dos regionais, construir 70 hospitais Dia no interior. Um para cada, no máximo, 400 mil habitantes”.

Ele disse ainda que pretende resgatar a Nota Fiscal Paulista para investir nesta área: “Nós temos 300 entidades beneficentes no estado de São Paulo e muitas estão com intervenção porque não tem dinheiro para chegar no fim do mês. Eu quero resgatar a Nota Fiscal Paulista e direcionar uma parte disso para a saúde”.

Inovação

O candidato fez também promessas para a produção científica no estado, ressaltando que criará um novo sistema voltado para a área da inovação.

“O estado de São Paulo responde por um quarto da produção científica latino-americana. Por que não usamos o capital humano daqui para reindustrializar o estado? Nós temos uma das melhores engenharias do mundo. Não se acha um ITA, USP, UNICAMP em cada canto. Eu vou criar um sistema estadual de inovação, tripartite. Em uma lateral vão estar as instituições de pesquisa, na outra o setor privado e na outra o Governo do Estado. Exatamente como a Califórnia fez”, disse.

Segurança

No combate à violência, Fernando Haddad apontou para a necessidade de investir mais em auxílio às investigações.

“Se o Estado quiser, ele tem efetivo, mas sem delegados e investigadores não chegamos a lugar nenhum. Nós precisamos fortalecer a investigação. Não tem polícia ostensiva que vá diminuir essa criminalidade se não houver alguém investigando até chegar na cabeça do crime organizado. Não tem milagre. Sempre que prende uma pessoa em flagrante, tem que continuar investigando, porque raramente ela está sozinha. Pode até acontecer, mas em geral tem uma associação criminosa por trás, e é essa que nós temos que buscar. Não se faz isso sem tecnologia e sem inteligência”, afirmou o petista.

Corrupção

Uma das principais críticas de opositores ao PT, a temática da corrupção voltou à tona em pergunta feita a Haddad, sobre os escândalos que o partido se envolveu durante os governos petista de Lula e Dilma.

De acordo com o candidato, o mais importante é que o governo tenha medidas de combate aos desvios de dinheiro público, para que os órgãos tenham liberdade para investigar.

“Como que eu julgo um governo em relação à corrupção? É o quanto ele fortaleceu os órgãos de combate à corrupção. Se um governo faz isso e dá liberdade para a Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Ministério Público e poder judiciário agirem, ele é um governo que combate a corrupção”, disse.

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