Por Felipe Kyoshy Em RMVale

Inpe lança atlas para ajudar Brasil na exploração de energia solar

Projeto inciado em 2006 foi lançado nesta sexta-feira (4) em São José

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Ênio Bueno Pereira, coordenador da pesquisa do atlas

Pedro Ivo Prates/Meon

O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) lançou na manhã desta sexta-feira (4), em São José dos Campos, um atlas brasileiro sobre energia solar no País. O evento fez parte das comemorações de 56 anos da instituição e contou com presença de representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e do prefeito Felicio Ramuth (PSDB).

O estudo, iniciado em 2006 em parceria com outros institutos de pesquisa, tem o objetivo de mapear regiões do país com maiores incidência de raios solares, que ajudarão em estratégias energéticas.

“O momento é propício, pois a expansão de energia solar no Brasil e no mundo é enorme. Os projetos precisam ser lucrativos, tem que ter um retorno de investimento. Para isso é preciso informações seguras para que tenhamos sucesso. Fornecemos a informação por meio do atlas”, comentou Ênio Bueno Pereira, coordenador do projeto.

De acordo com os pesquisadores, o Brasil tem uma vantagem muito grande com relação a outros países da Europa, líderes em exploração de energia solar. O potencial de produção supera em 100 vezes o consumo nacional.

“Isso já esta acontecendo. A energia de maior expansão hoje é a solar, seguido da eólica. Embora tenhamos começamos tarde, outros países começaram antes de nós. Essa é a razão de nos atualizarmos, pois é um momento propício para toda esta comunidade”, cometa o coordenador.

Os locais com mais incidência de raios solares está entre o Nordeste e Centro-Oeste, que é considerado um “cinturão de radiação”. “O investidor precisa ter a certeza de médias históricas para dar segurança. Esse é o grande benefício do atlas”, ressalta Ricardo Duarte, diretor do Inpe.

Cortes

O Inpe sofreu com redução orçamentárias feitas pelo Ministério do Planejamento. O Orçamento inicial previsto para 2017 não contemplava nenhum reajuste em relação ao do ano anterior, que era de R$ 183,8 milhões, segundo a diretoria do SindCT (Sindicato dos servidores do Inpe).

Ainda assim, o sindicato disse que o instituto sofreu uma redução de 44% nas verbas para este ano, um corte de R$ 80,9 milhões. A previsão é que isso se mantenha para 2018. Assim, a receita do instituto ficou em R$ 102,9 milhões. Alguns projetos foram afetados pela fata de recursos. Diante do problema, a saída tem sido procurar investimentos da iniciativa privada.

“Temos que fazer uma readequação de todos os projetos. Fizemos um estudo que garanta um funcionamento até o fim do ano. Esperamos manter o funcionamento. Os investimentos de novos projetos foram afetados. A contratação do lançador Amazônia 1, que estamos fazendo agora, adiamos por cinco meses. Isso vai ter impacto do futuro. Existe uma certa expectativa de recuperação”, disse Duarte.

De acordo com o Felicio Ramuth, a Prefeitura tem se esforçado na ajuda pela captação de recursos para o Inpe. “A prefeitura já ajuda a instituição, mas os recursos são específicos. Recebemos ajuda do deputado federal Eduardo Cury, que destinou R$ 4 milhões para o supercomputador. Politicamente, podemos ajudar para que mais recursos venha para o Inpe”, afirmou o prefeito.

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