Por Meon Em RMVale

Mesmo com manifestações de moradores, fim das obras no Santa Luzia continua sem prazo definido

Mesmo depois de reclamações e manifestações ao longo da semana passada, os moradores do Santa Luzia, em Guaratinguetá, continuam sem respostas sobre os prazos para o término das obras de infraestrutura no bairro. Com isso, os moradores continuarão convivendo com a poeira em dias secos e o barro em dias de chuva, além dos buracos e problemas de mobilidade das principais ruas.

O secretário de Obras de Guará, Marcos Guimarães, afirmou durante entrevista à Rádio Aparecida que a situação é critica por conta dos procedimentos burocráticos que impedem o andamento dos trabalhos, que começaram em junho de 2012. “Quando a empresa entrega a medição na Prefeitura a secretaria tem um prazo para preparar os documentos e enviar para a Caixa Econômica Federal, que por sua vez tem seus prazos para analisar e enviar engenheiros para avaliar o trabalho e fazer a liberação do dinheiro”, explicou.

Guimarães disse que os processos burocráticos são responsáveis pelo atraso e consequentemente pela revolta dos moradores. Inicialmente as obras seriam entregues em 2013, mas como os trabalhos não foram concluídos, ainda em fevereiro desse ano, uma nova data foi passada aos moradores, marcada para setembro de 2014. 

Agora com o final de mais um prazo e mesmo com a revolta dos moradores, nenhum novo prazo foi repassado aos moradores. “Existia uma programação para terminar em 2013, depois setembro de 2014, mas depois de todo esse atraso nas medições uma nova programação será feita”, esclareceu Guimarães.

Protestos
Na semana passada as ruas do bairro foram interditadas pelos moradores. Revoltados, a população interditou a Rodovia Rafael Américo Ranieri com móveis velhos e madeira, colocaram fogo e impediram a passagem de carros e pedestres.

A manifestação durou cerca de duas horas e causou tensão entre os moradores. Eles questionavam às autoridades sobre os prazos e a necessidade de uma solução. O Corpo de Bombeiros de Guará foi acionado para conter as chamas. Não houve confronto e ninguém ficou ferido.

“O pessoal está revoltado. Desde o dia 2 de fevereiro, na primeira manifestação, o prefeito disse que até setembro a obra da avenida principal estaria pronta. Hoje temos além dela, várias ruas dentro do bairro que estão com bloquetes afundando. Fora as ruas interditadas e com muito barro e poeira”, desabafou uma das manifestantes.

Vereadores
Não só as ruas, mas também a Câmara foi palco de protestos sobre as obras no Santa Luzia, em Guará. Durante sessão na Câmara, os parlamentares foram surpreendidos com o pedido dos moradores, que cobram uma solução para o problema.

O vereador Luizão da Casa de Ração disse que a reivindicação de todos os moradores é válida, mas desde que seja de maneira ordenada e sem violência. “Fechar o bairro só prejudica os moradores. Manifestações devem ser feitas, mas de maneira ordeira e sem vandalismo”. Ele disse também que mesmo depois da reunião com o secretário de Obras, os prazos ainda não foram estipulados e não houve resposta para solucionar o problema.

O presidente da Câmara, Marcelo Meirelles, disse que uma comissão de vereadores e moradores será formada para ir até a superintendência da Caixa Econômica Federal, em São José dos Campos. “A população tem razão, eles têm dificuldades de se locomover, o acesso para Potim está bloqueado, não há melhora e precisamos de respostas”.

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