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Metalúrgicos da GM de São José decidem continuar em greve

Paralisação permanece até que a empresa reintegre os demitidos

Escrito por Meon

01 NOV 2023 - 10H09

Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos

Os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos decidiram, em assembleia nesta quarta-feira (1), dar continuidade à greve até que a empresa cumpra a liminar expedida ontem pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região e reintegre todos os demitidos da fábrica.

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Também foi aprovada solidariedade à luta dos trabalhadores da GM em São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes.

O Sindicato dos Metalúrgicos vai procurar a empresa ainda hoje para discutir o assunto. Em sua decisão, o desembargador João Alberto Alves Machado determinou a reintegração a partir de hoje e que não aconteçam novas demissões, sem negociação prévia. Em caso de descumprimento, será aplicada uma multa diária de R$ 1.000 por trabalhador não reintegrado ou dispensado.

Ao todo, a GM demitiu 1.245 funcionários em suas plantas paulistas, desde 21 de outubro, sendo 839 em São José dos Campos, 300 em São Caetano e 105 em Mogi das Cruzes. A medida levou os trabalhadores a cruzarem os braços, no dia 23. Desde então, nenhum carro foi produzido.

A montadora havia realizado as demissões, apesar de ter assinado acordo de layoff que garantia estabilidade no emprego para todos os funcionários da fábrica até maio de 2024. Além disso, a empresa realizou a demissão em massa sem abrir negociação prévia com o Sindicato.

Existe uma decisão do Supremo Tribunal Federal determinando que, antes de realizar desligamento coletivo, qualquer empresa deve abrir negociação com o sindicato da categoria.

“Esta foi uma grande vitória da luta dos metalúrgicos, mas nossa luta não acaba aqui. A GM continuará tentando implementar seu plano de reestruturação nas fábricas, o que implica continuidade das demissões. Por isso, é fundamental que nossa luta permaneça unificada com os trabalhadores de Mogi e São Caetano”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.

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