Por Marcus Alvarenga Em RMVale

Número de adolescentes envolvidos em crimes reduz em 7% na RMVale

Especialista comenta divulgação do dados e dá dicas de mudança

Adolescente atira em policial durante assalto em Potim - Casal de irmãos são detidos após a tentativa de roubo a um mercado (Adryana Lucas)

Crimes com adolescentes reduz, mas ainda é um desafio para a segurança pública

Arquivo/Meon

Dados apresentados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado de São Paulo apontam queda de 7,2% no número de adolescentes apreendidos em janeiro deste ano na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, em comparação ao mesmo mês do ano passado. 

Especialista aponta à necessidade de um trabalho de prevenção mais direcionado as crianças.

Os números divulgados na última sexta-feira (24), apresentam também aumento de 300% em latrocínios (roubo seguido de morte) na região.

Em janeiro foram aprendidos em flagrante 130 infratores e outros 24 adolescentes por mandado. Em janeiro do ano passado, foram registrados 166 apreensões entre flagrantes e mandados.

Entre os principais municípios da RMVale e Litoral Norte, São José contabilizou a apreensão de 65 suspeitos, apenas três casos a menos se comparado ao mesmo período de 2016.

Cenário
Apesar de 2017 ter começado com redução no números dos casos envolvendo adolescentes, o especialista em segurança pública José Vicente da Silva Filho, disse que é necessário a realização de um trabalho mais efetivo de prevenção desde a educação básica.

“Os órgãos públicos devem potencializar as políticas públicas de prevenção de três polos. A prevenção pela educação, social e assistencial.”, explica o consultor, que ainda aponta que o gasto em uma ação social requer um recurso menor. “Muitos municípios investem em guarda, que tem um gasto mensal de R$ 7 mil, enquanto um programa para um adolescente não passa de R$ 500 por mês, sendo uma prevenção mais ampla e com impacto futuro.”, afirma.

2017232_policia_militar

Polícia Militar durante ocorrência em São José

Arquivo/Meon

De acordo com Vicente, as corporações policiais e administração pública devem trabalhar em conjunto para a redução do número de crianças e adolescente na criminalidade. “Não é só um trabalho de polícia. O importante é que cada município identifique o tipo de problema, qual perfil do jovem afetado e a origem deles. E nessas regiões oferecer mais possibilidades e atividades”, diz.

Leia MaisHomem e mulher são presos por porte ilegal de arma em PiqueteEstradas da região têm movimento intenso na volta para casa Ford dá férias coletivas para 450 funcionários da fábrica de Taubaté

Soluções
O consultor de Segurança Pública indica que a administração em âmbito federal, estadual e municipal, podem criar soluções direcionadas aos bairros de origem dos adolescentes. “Os locais onde vivem esses meninos e meninas poderiam ter uma preferência de fornecimento de escolas integrais, atividades extracurriculares e culturais”, conclui.

As polícias Civil e Militar foram procuradas pelo Meon, mas até o fechamento da reportagem não retornaram o contato. 

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Marcus Alvarenga, em RMVale

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.