Crimes com adolescentes reduz, mas ainda é um desafio para a segurança pública
Arquivo/Meon
Dados apresentados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado de São Paulo apontam queda de 7,2% no número de adolescentes apreendidos em janeiro deste ano na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, em comparação ao mesmo mês do ano passado.
Especialista aponta à necessidade de um trabalho de prevenção mais direcionado as crianças.
Em janeiro foram aprendidos em flagrante 130 infratores e outros 24 adolescentes por mandado. Em janeiro do ano passado, foram registrados 166 apreensões entre flagrantes e mandados.
Entre os principais municípios da RMVale e Litoral Norte, São José contabilizou a apreensão de 65 suspeitos, apenas três casos a menos se comparado ao mesmo período de 2016.
Cenário
Apesar de 2017 ter começado com redução no números dos casos envolvendo adolescentes, o especialista em segurança pública José Vicente da Silva Filho, disse que é necessário a realização de um trabalho mais efetivo de prevenção desde a educação básica.
“Os órgãos públicos devem potencializar as políticas públicas de prevenção de três polos. A prevenção pela educação, social e assistencial.”, explica o consultor, que ainda aponta que o gasto em uma ação social requer um recurso menor. “Muitos municípios investem em guarda, que tem um gasto mensal de R$ 7 mil, enquanto um programa para um adolescente não passa de R$ 500 por mês, sendo uma prevenção mais ampla e com impacto futuro.”, afirma.
Polícia Militar durante ocorrência em São José
Arquivo/Meon
De acordo com Vicente, as corporações policiais e administração pública devem trabalhar em conjunto para a redução do número de crianças e adolescente na criminalidade. “Não é só um trabalho de polícia. O importante é que cada município identifique o tipo de problema, qual perfil do jovem afetado e a origem deles. E nessas regiões oferecer mais possibilidades e atividades”, diz.
Soluções
O consultor de Segurança Pública indica que a administração em âmbito federal, estadual e municipal, podem criar soluções direcionadas aos bairros de origem dos adolescentes. “Os locais onde vivem esses meninos e meninas poderiam ter uma preferência de fornecimento de escolas integrais, atividades extracurriculares e culturais”, conclui.
As polícias Civil e Militar foram procuradas pelo Meon, mas até o fechamento da reportagem não retornaram o contato.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.