O pôr do sol durante içamento da estrutura metálica da nova ciclovia
Regina Laranjeira Baumann/Meon
As obras para construção da nova ciclovia que fará a ligação entre as avenidas Lineu de Moura e Shishima Hifumi no bairro Urbanova, zona oeste de São José dos Campos, estão em pleno andamento. Uma obra que poderia irritar os motoristas, mas o que se vê, são pessoas em um trânsito congestionado, demonstrando calma e tolerância. Por que isso? Porque é uma obra esperada pela população.
A nova ciclovia tem como finalidade a travessia segura de pedestres e ciclistas sobre o rio Paraíba e para ter sua estrutura metálica içada, envolveu o uso de guindastes (peça de 80 toneladas). Pelo projeto da prefeitura, serão duas faixas para ciclistas, uma para cada sentido, e uma terceira faixa exclusiva para pedestres.
Congestionamento dificultou acesso ao bairro
Pedro Ivo Prates/Meon
Trânsito
O trânsito se transformou em um caos. O grande fluxo de veículos utilizou apenas um dos lados da ponte que teve a função de comportar os dois sentidos. Com muitas pessoas residindo naquela região e tendo a ponte como única forma de acesso, as filas tornaram-se comuns e alguns pais, tendo que ir e vir, com filhos e compromissos escolares ou de trabalho, perderam muito tempo na lentidão.
Entretanto, ao contrário do que costuma acontecer, houve um consenso: o resultado será positivo.
A arquiteta Karin Tavares, 44, que retornou recentemente de uma pedalada pela Europa, percorrendo o caminho francês de Santiago do Compostela (817 km) e costuma pedalar pelas trilhas do Urbanova, acredita que “esta obra vai permitir a união das ciclovias existentes e que hoje ficam interrompidas, melhorando o acesso e segurança dos ciclistas, que era muito perigoso. Isto reflete na mobilidade urbana e é um incentivo para que mais pessoas utilizem a bicicleta para deslocamento também para trabalhar, além do lazer”.
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O administrador de empresas Rossano Marello, 59, afirma que além dos bikers, o pessoal que faz caminhada e corrida também terá tranquilidade e segurança nesse trajeto.
O engenheiro Flávio Montez, 53, que há 17 anos reside no Urbanova, acredita que “será muito bom, principalmente para os ciclistas", mas pensa que, "na verdade, seria necessário um novo acesso para o bairro”.
Apesar do custo elevado do projeto (investimento de R$ 2.687.057,82) a obra atende aos anseios daquela região, tanto dos motoristas (residentes ou estudantes), pois diminuirá o fluxo de pessoas e ciclistas compartilhando a ponte, como daqueles que frequentam a região para caminhar ou pedalar.
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