Por Laryssa Prado Em RMVale

Prefeitura revoga pregão de compra de material escolar em São José

Uma nova licitação vai ser realizada; alunos não serão prejudicados

materialescolar

Das dez empresas que participaram dos lances, três foram desclassificadas erroneamente

Divulgação

A Prefeitura de São José dos Campos revogou o pregão eletrônico para a compra de material escolar nesta terça-feira (17). O processo foi realizado pelo governo anterior no dia 26 de dezembro de 2016. Uma nova licitação para compra dos itens foi aberta.

A decisão da prefeitura em revogar a licitação foi tomada após análise da Comissão Especial, formada pelas secretarias de Governo, Fazenda e Assuntos Jurídicos. Essa comissão é responsável por analisar e rever todos os grandes contratos que serão firmados pela administração atual. Segundo parecer jurídico, nesse procedimento licitatório foram encontrados irregularidades desde a fase inicial. 

A prefeitura afirma que dez empresas participaram dos lances no pregão eletrônico. Três delas foram desclassificadas erroneamente, segundo análise da Secretaria de Assuntos Jurídicos. Outra irregularidade foi a cotação de preços feita de forma insuficiente. O ideal, é cotar preços em três lugares. Só foram cotados em dois.

A data da realização do pregão também chamou atenção: um dia depois do Natal. Segundo a prefeitura, para que a licitação fosse feita dentro do prazo e de forma correta, era ideal que o processo ocorresse em novembro. O valor estimado do pregão foi de cerca de R$ 2,6 milhões.

Leia MaisEscola do Trabalho oferece 20 vagas para curso rápido em TaubatéExcesso de propaganda em canteiros 'adotados' gera polêmica em São JoséSão José está com 70 vagas de empregos disponíveis nesta terça (17)

A Secretaria de Assuntos Jurídicos também destacou que “reiteradas licitações realizadas anteriormente para aquisição de material escolar são objeto de irregularidades em inquéritos civis e públicos, ações populares e ações não públicas”. Para a Administração, “o atendimento de interesse público impõe neste momento prudência na realização de contratações”.

A revogação da licitação não vai prejudicar o atendimento aos alunos, que vão receber o material já em fevereiro, com o início das aulas.

A Secretaria de Educação já tem garantido os materiais para atender 26 mil crianças do ensino infantil. Os kits ficam nas escolas, para uso dos alunos e incluem papel colorido, sulfite, cola, pincel, giz de cera, caneta hidrográfica, lápis de cor, tesoura, fita crepe e fita colorida. Todos esses materiais ficam na escola para uso dos alunos.

Para o ensino fundamental, serão atendidas 39.504 alunos com caderno de escrita e desenho, lápis, caneta hidrográfica e esferográfica, borracha, caneta colorida, apontador, transferidor 180 graus, cola branca, esquadro de 45º e 60º, giz de cera, lápis de cor, pasta plástica, régua de 30cm, tesoura e outros.

Outro lado

A assessoria de imprensa do ex-prefeito Carlinhos Almeida declarou que "a licitação do material escolar foi iniciada em 2016, conforme anunciado no processo de transição, para possibilitar ao novo governo cumprir o prazo de entrega. Mas sua homologação foi delegada à nova administração, preservando assim o direito do novo prefeito decidir pela continuidade do serviço e conduzir o processo. Todos os procedimentos da licitação realizados pela Secretaria de Administração seguiram as normas e determinações legais. Seria lamentável que a disputa política prejudicasse a entrega do material escolar, uma conquista histórica das famílias e dos estudantes das escolas municipais, que nos três últimos anos tiveram acesso gratuito a material de qualidade."

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Laryssa Prado, em RMVale

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.