Por Moisés Rosa Em RMVale

"Pregamos a renovação", diz Emanuel Fernandes sobre não tentar reeleição

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Emanuel Fernandes sobre retorno: "é uma construção coletiva"

Divulgação

O deputado federal Emanuel Fernandes (PSDB) não vai concorrer à reeleição. Decidiu assumir a coordenação da equipe que prepara o plano de governo de Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição ao Palácio dos Bandeirantes.

O convite foi feito pelo próprio governador, que conhece de perto o trabalho de Emanuel. O deputado foi secretário do governo Alckmin em duas ocasiões. Em 2005 assumiu a Secretaria Estadual de Habitação, onde permaneceu por dois anos, e em 2011 foi secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional.

Nascido em Valentim Gentil (SP), Emanuel mora desde os 18 anos em São José dos Campos, onde se formou engenheiro pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e se casou com Juana Blanco, que morreu em março de 2013. Tem uma filha (Lia) e dois enteados (Alexandre e Rafael Blanco).

Desde 1989 é filiado ao PSDB, partido que ajudou a fundar e implantar em São José, onde foi eleito prefeito em 1996 e reeleito em 2000. Atualmente, cumpre seu segundo mandato como deputado federal. 

Em entrevista ao Meon, Emanuel fala sobre sua atuação em Brasília e da escolha do partido em lançar o ex-prefeito Eduardo Cury na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados. Também avalia o governo de Carlinhos Almeida (PT). 

Por que não se candidatou como deputado federal nesta eleição? Quais motivos o levaram à desistência?
Sempre pregamos a renovação. Não somente no discurso, mas também na prática.

Considera o ex-prefeito de São José Eduardo Cury (PSDB) um bom candidato para concorrer as eleições como deputado federal?
O Eduardo Cury é o nosso candidato a deputado federal. Trabalharei para ele como se fosse para mim. Ele merece.

Como avalia o seu trabalho como deputado federal?
Fui um deputado que defendeu os interesses da nossa região. Fiz oposição constante às coisas que considero equivocadas no governo, sobretudo em matéria econômica. Defendi os interesses de nossa região junto ao Governo de São Paulo (duplicação da Tamoios, Fatecs, AMEs, melhorias nas estradas, Novo Hospital Estadual em São José dos Campos, entre outros).

Quais foram as principais conquistas e emendas para a RMVale nos mandatos como deputado?
Nos dois mandatos como deputado federal indicamos, por meio das emendas parlamentares, cerca de R$ 80 milhões para cidades da RMVale. Infelizmente, muitas emendas não foram empenhadas pelo governo federal ou, mesmo com empenho, não foram liberadas posteriormente.

Entre as principais conquistas podemos citar o restauro da Igreja São Benedito, em São José dos Campos, com recurso de R$ 1,5 milhão, além de obras de pavimentação, drenagem e apoio à infraestrutura turística em cidades como Jacareí, Taubaté, Cunha, Paraibuna e Pindamonhangaba, entre outras. Como secretário de Planejamento do Estado de São Paulo em 2011 ajudei a priorizar no orçamento obras importantes para o Vale, como a duplicação da Rodovia dos Tamoios.

Como avalia a derrota do PSDB nas últimas eleições municipais. Houve falha no planejamento, erro na escolha do candidato ou a população queria mudança?
O sentimento de mudança, ao invés da continuidade, foi o principal fator em 2012. E isso ocorrerá no Brasil neste ano.

Sobre a atual gestão do PT em São José dos Campos. Qual a sua avaliação? Estão realizando um bom mandato?
Estão mudando o que disseram que não iam mudar e não mudaram o que prometeram mudar. Um exemplo é a saúde, principal tema da campanha de 2012. No orçamento atual, foram destinados 26% de recursos para a saúde, mesmo percentual anterior. Mas uma análise mais profunda será feita quando já houver passado a metade do mandato.

Como prefeito de São José, conseguiu realizar todos os projetos durante o mandato, firmados durante a campanha política? 
As diretrizes que nos propusemos, implementamos todas. Alguns projetos sofreram modificação ao longo do caminho. Mas no geral, implementamos o que propusemos. 

Qual sua opinião sobre o atual cenário da política? As pessoas estão mesmo descrentes das propostas dos políticos? Casos de corrupção acabam interferindo na imagem do homem público? 
A corrupção mina a confiança da população. Corrupção tanto no uso do recurso público como a corrupção (demagogia) durante o processo eleitoral.

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