Por João Pedro Teles Em RMVale

São José sedia grupo criado para discutir setor aéreo na região

gtaereo

José Wilmar de Mello

Divulgação

Foi criado nesta terça-feira (18) em São José dos Campos, o Grupo de Trabalho do Setor Aeroespacial e Defesa. A iniciativa da Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos) reúne empresas associadas a entidade e que possuem atuação na área.

Em entrevista ao Meon, o empresário José Wilmar de Mello, presidente do grupo, afirma que o foco é profissionalizar administrativamente as empresas. Segundo ele, também haverá mais facilidade para conseguir empréstimos por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

De onde surgiu a necessidade de criar um grupo para discutir o setor aéreo na região?
A indústria brasileira no ramo de aeronáutica é relativamente nova. A maioria das empresas é administrada por ex-funcionários da Embraer. Embora a área técnica seja de qualidade incontestável, há necessidade é de profissionalizar administrativamente essas empresas. Falta um pouco de informação na área industrial. Nesse ponto, a experiência da Abimaq será extremamente útil.

Como vai funcionar a agenda de encontros e quais assuntos estarão em pauta?
Mensalmente realizaremos um encontro oficial. Entretanto, nada impede que, devido à demanda, nos encontremos mais vezes. A Abimaq estará disponível para atender empresas individualmente também. Os assuntos serão pertinentes às questões administrativas e de ordem financeira.

Quais vantagens o grupo vai oferecer em termos de representatividade às empresas?
Obviamente a representatividade aumenta bastante quando temos a união de forças. Acredito que isso será muito importante principalmente para captação de recursos junto ao BNDES. E essa é outra importante razão para a criação do grupo.

Como o senhor avalia o atual momento do setor aeroespacial na região?
Acho que estamos em um período extremamente promissor em praticamente todos os segmentos. No de defesa, a fabricação dos caças suecos Gripen no país vai trazer um grande avanço para as empresas. Já na aviação civil, a Embraer desponta com uma nova linha de jatos ainda mais modernos, que parecem ter sido bem aceitos pelo mercado. Outra questão ainda pouco abordada é o desenvolvimento do setor de helicópteros. A exploração dos poços na camada de Pré-sal vai aumentar bastante a demanda, já que o transporte até as plataformas é realizado com essa aeronave.

A Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos também representarão oportunidades para essas empresas?
Não acredito. Até porque, nesses casos, quem vai investir mesmo são as companhias aéreas.

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