Por João Pedro Teles Em RMVale

Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté investiga suspeita de superfaturamento de R$ 4 milhões

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Suposto desvio de verbas foi encontrado durante auditoria realizada pela diretoria

Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté

O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté criou uma comissão processante para apurar supostas irregularidades da gestão anterior. De acordo com a atual diretoria, foram gastos entre 1º de janeiro de 2012 e 20 de novembro de 2013 R$ 4 milhões não comprovados por meio de notas fiscais, reforçando indícios de compras e pagamentos superfaturados.

À época, o sindicato era presidido por Isaac do Carmo (PT), político que foi candidato a deputado estadual neste ano e, em 2012, concorreu à Prefeitura de Taubaté. Junto com outros membros da diretoria da última gestão, Carmo deve ser convocado a depor na comissão processante.

De acordo com Hernani de Oliveira Lobato, presidente do sindicato, embora haja uma comoção entre os trabalhadores da entidade para que o caso seja levado para a Justiça, as evidências de superfaturamento vão ser investigadas exclusivamente pela comissão nomeada pelo sindicato.

Em editorial assinado por Lobato na 34ª edição do jornal do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, o presidente afirmou que "os envolvidos, tanto as empresas relacionadas quanto a direção, devem prestar esclarecimentos à classe".

As suspeitas de superfaturamento surgiram após uma auditoria nas contas do sindicato concluída em agosto. De acordo com Lobato, a varredura nas contas foi realizada a pedido dos próprios trabalhadores do sindicato "para que a administração tivesse mais transparência".

Outro lado
Isaac do Carmo rechaça as insinuações de superfaturamento realizadas pela atual diretoria do sindicato. Para ele, as denúncias levantadas têm conotação política, já que Lobato recebeu apoio de pessoas ligadas ao prefeito de Taubaté, Ortiz Junior (PSDB), durante as eleições sindicais.

Carmo afirma que não está disposto a comparecer à audiência da comissão criada pelo Sindicato dos Metalúrgicos. "Mas não teria nenhum problema em responder à Justiça. Até porque não vejo legitimidade em uma comissão de uma diretoria mais preocupada em política do que na luta pelo direito dos trabalhadores, que é o que realmente deve pautar as ações do sindicato", afirma.

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