Além do acordo com a Embraer, que acontece pela internet e será concluído nesta quinta-feira (16), o Sindmetal (Sindicato dos Metalúrgicos) de São José dos Campos segue em busca de negociações com diversas empresas menores que também foram impactadas pela crise causada pelo Covid-19 – entre elas a Status Usinagem que demitiu todos os 40 funcionários na última segunda-feira (13).
Em busca de apoio, nesta terça-feira (14), o presidente do Sindmetal Weller Gonçalves, o diretor André Luis Gonçalves e o advogado Aristeu Neto, fizeram uma reunião com o prefeito Felicio Ramuth (PSDB) e com o secretário de Inovação e Desenvolvimento Econômico, Alberto Alves Marques Filho, o Mano.
Para o sindicato, os funcionários que não trabalham em serviços essenciais deveriam cumprir o isolamento social e as empresas devem manter os contratos e pagamentos.
Sobre o pedido do sindicato de manter os pagamentos com os funcionários em casa, o secretário afirmou ser contra, pois isso afetaria diretamente a saúde financeira das empresas e, consequentemente, geraria mais demissões.
“A indústria não recebeu nenhuma restrição de decretos e ela pode continuar funcionando, claro que com os devidos cuidados. Pedimos que o sindicato repensasse a posição e a proposta deles. Gostaríamos que eles entendessem que a Embraer pode trabalhar sim, seguindo as medidas de prevenção e com pessoal reduzido. Até porque a Embraer funcionando, mesmo que parcialmente, ajuda a sustentar o funcionamento de outras empresas da cadeia que estão sofrendo com a crise”, disse Mano.
O secretário destacou também que a prefeitura suspendeu o pagamento do ICMS (Imposto Sobre Circulação De Mercadorias E Serviços) por parte das empresas e há ainda apoio por parte do Governo Federal.
“O apoio que a prefeitura pode dar, ela já fez, que é a suspenção do ICMS. Se a empresa faturar menos de R$ 4,8 milhões por ano, o governo paga integralmente a folha de pagamento. Se for mais do que isso, ela tem que pagar 30% da folha e os outros 70% o Governo vai pagar. Isso é o que diz a Medida Provisória”, afirma o secretário.
Em relação a Status Usinagem, Mano disse que irá conversar com a empresa para entender quais são as dificuldades e procurar uma maneira de ajudar.
“[...] uma empresa não gasta só com funcionário, ela tem outros gastos. Me comprometi a ir na empresa, vou lá conversar para saber como está a situação e entender as dificuldades”, concluiu o secretário.
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