Por Elaine Rodrigues e Poliana Casemiro Em RMVale

Suzane é evangélica e participa de cultos com a companheira, diz pastor

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Suzane se casa com Sandra Regina na P1 de Tremembé

Divulgação

O casamento de Suzane Von Richthofen com a detenta Sandra Regina Ruiz Gomes, revelado pelo jornal Folha de São Paulo, nesta terça-feira (28), gerou uma onda de comentários e especulações.

Segundo um pastor que prega dentro da penitenciária feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 de Tremembé, Suzane ainda é evangélica. "Elas estão casadas, mas vão juntas para a igreja. De mãos dadas, as duas continuam frequentando os cultos", revela.

O religioso, que pediu para não ser identificado, conta que Suzane é uma pessoa simpática, agradável e inteligente. "Ela lê muito a bíblia e é mais instruída que as outras, por isso oferecemos a ela o trabalho religioso, para que organizasse as celebrações enquanto não estávamos, foi quando começaram a especular que ela tinha virado pastora. Contudo ela não aceitou o posto para não criar boatos", conclui.

Ala das casadas
O advogado William de Carvalho Telles Alves, que é membro da Comissão de Política Criminal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Taubaté, especializado execução penal, e que representa diversas clientes nas penitenciárias da região, afirma que existem sim os chamados celões, ou as alas separadas para casadas na P1.

"É uma questão nebulosa porque não é uma norma da SAP, mas uma forma que a administração do presídio faz para que funcione melhor. A P1 é muito bem organizada, sem nenhum problema aparente e usa desse sistema de divisão das celas, provavelmente para evitar confusões", detalha.

Alves conta que em presídios femininos é muito comum problemas por causa de ciúmes. "Minhas clientes contam que se uma presa casada vai tomar banho, as outras chegam a ter que colocar a toalha na cara para não olhar, porque o ciúmes pode dar problemas graves para elas. É um código de conduta interno".

De acordo com o especialista, o documento assinado pelas companheiras deve ser nada mais que um termo de conduta, ajustado entre elas e a administração do presídio, de acordo com as normas internas.

Semiaberto
Sobre os boatos que Sandra teria agredido um agente penitenciário no Centro de Ressocialização Feminino em São José, para voltar para o regime fechado em Tremembé e assim ficar perto de Suzane, não há detalhes. A única informação oficial sobre o procedimento administrativo que causou a perda da progressão de pena, é a decisão da Justiça em 10 de fevereiro de 2011, suspendendo o benefício do semiaberto.

"Agora ela voltou para Tremembé porque no P1 feminino, quem progride para o semiaberto, vai para São José, e se ela perdeu o benefício, voltou para cá. Não sei o que foi, mas deve ter sido uma falta grave, para perder a progressão", explica Alves.

Outro lado
Apesar da grande repercussão da notícia do casamento de Suzane e Sandra, a SAP (Secretária de Administração Penitenciária) de São Paulo, continua a se negar a prestar informações sobre a mudança de cela e casamento entre Suzane e Sandra em Tremembé.

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Sandra Regina, companheira de Suzane na P1 de Tremembé

Reprodução

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