O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de Campinas, em audiência nesta quinta-feira (23), considerou legal a greve dos trabalhadores da Urbam (Urbanizadora Municipal) de São José dos Campos. Com a decisão do tribunal, a expectativa do sindicato é que mais servidores possam aderir à greve. Apesar da legalidade da paralisação, não houve acordo entre as partes.
Segundo a diretora do sindicato, Ivaneide Maria da Silva, com a decisão a paralisação vai continuar. "A greve não é abusiva, é totalmente legítima. O que queremos são os 4% de aumento real nos salários, mas a empresa oferece apenas o valor da inflação", diz.
Uma outra audiência foi marcada para 3 de novembro. Por volta das 16h30, cerca de 50 funcionários da Urbam foram para a frente da Prefeitura de São José dos Campos fazer reivindicações. Durante a manifestação, o sindicato convocou os trabalhadores para uma assembleia às 7h desta sexta-feira (24).
Números diferentes
De acordo com o Seaac (Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio e Empresas de Assessoramento), 600 funcionários estão parados em setores da Secretaria de Educação, Urbam e Informática. A Urbam discorda dos números e, em nota, informa que no momento apenas 60 funcionários que atuam na Secretaria de Educação e no Paço Municipal estão em greve.
A Prefeitura de São José também discorda dos números apresentados pelo sindicato, argumentando que apenas 25 servidores da Urbam prestam serviço na Secretaria de Obras e que, nesta quinta-feira (23), todos trabalham normalmente.
"Estamos garantindo os serviços essenciais para a cidade, como nas funerárias e cemitérios. O juiz não deu abusividade na greve. Além disso, os juízes condenaram qualquer tipo de perseguição aos trabalhadores que participam da greve", afirma Ivaneide.
A Urbam encaminhou nota informando que houve avanços nas negociações com o sindicato, com acordo sobre o valor para o piso da categoria, que atenderá a maioria dos valores reivindicados. Mas sobre o aumento nos salários o impasse será definido na próxima audiência -3 de novembro-. De acordo com a empresa, os serviços de limpeza pública, tratamento de resíduos sólidos e manutenção dos cemitérios não foram interrompidos.
Reivindicação
Os trabalhadores pedem bônus de R$ 900 e o pagamento de abono salarial de R$ 35 mensais para quem ganha de R$ 900 a R$ 1.700, além de aumento real de 4% no salário e PLR de R$ 1 mil.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.