Câmara de Taubaté cobra rescisão de contrato com ABC Transportes
Flávio Pereira/Meon
A Câmara de Taubaté debateu os gargalos do transporte público de Taubaté durante audiência pública realizada na quarta-feira (15). Um dos principais resultados da reunião foi a possibilidade da Prefeitura de Taubaté rescindir o contrato do transporte público atualmente em vigor com a empresa ABC Transportes, que há mais de 30 anos atua na operação do transporte na cidade.
Os vereadores querem que o prefeito Ortiz Junior (PSDB) analise as inúmeras críticas e falhas da empresa, além dos atrasos na circulação de várias linhas.
Segundo o vereador Diego Fonseca (PSD), ninguém está satisfeito com a atual situação do transporte em Taubaté. “Quem é que está falando a verdade? Temos que escutar aqui que a empresa presta o melhor serviço do Brasil, que a empresa está melhorando seu trabalho, procurando atender melhor o munícipe, que instalará abrigos, que melhorará os ônibus. É tudo no futuro. Até quando?", critica Fonseca. "Temos indícios suficientes para romper o contrato com a empresa, que não presta um serviço de qualidade em Taubaté.”
Outro vereador que também criticou a qualidade do transporte foi Rodrigo "Digão" Luis Silva (PSDB). “Desafio alguém a vir à Câmara e falar que o transporte público de Taubaté é de qualidade. Estou há seis anos como vereador e nunca vi. Motivos para a intervenção foram colocados. Isso acontece há muitos anos. Ou se toma uma atitude drástica com a empresa ou a população vai continuar sofrendo”, comenta Digão.
Nunes Coelho, vereador pelo PRB, também se soma ao grupo de parlamentares insatisfeitos com a qualidade do serviço prestado. “Como prevíamos, mesmo antes de nos deslocarmos para as localidades mais distantes, onde as pessoas mais necessitam de ônibus, as reclamações sempre foram as mesmas, poucos veículos e muita demora, principalmente nos finais de semana”, afirma o vereador.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Mobilidade Urbana da Prefeitura de Taubaté destaca que há um contrato vigente desde 2009 e que "qualquer rompimento exige fundamentação e procedimentos previstos no próprio contrato", informa.
A pasta admite que recebe várias reclamações de usuários por dia, sendo a principal delas o descumprimento de horários."Existem várias etapas a serem vencidas antes de se falar em romper o contrato e as melhorias estão sendo cobradas pela prefeitura e Ministério Público", acrescenta a nota.
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