Nesta quinta-feira (26) é marcado pelo Dia Nacional do Diabetes, uma data instituída pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e do controle eficaz da doença. O cenário atual, tanto no Brasil quanto na RMVale, reforça a urgência dessa conscientização.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o Brasil já ocupa o 6º lugar no ranking mundial de prevalência da doença, com cerca de 20 milhões de pessoas diagnosticadas. A projeção é ainda mais preocupante: até 2045, o número de brasileiros adultos com diabetes pode ultrapassar os 23 milhões.
Na RMVale, os dados também refletem essa realidade. Segundo o último levantamento do DataSUS, a incidência de diabetes cresceu mais de 20% na última década, com destaque para São José dos Campos, Taubaté e Jacareí. A estimativa é que 1 em cada 10 moradores da região tenha algum tipo de diabetes, e a maioria dos casos está relacionada ao diabetes tipo 2, ligado a fatores como sedentarismo, alimentação inadequada e obesidade.
A endocrinologista Dra. Elaine Dias JK, PhD pela USP, observa que o aumento da doença tem sido expressivo, especialmente entre mulheres. “Na clínica, atendemos muito mais mulheres, de diferentes faixas etárias. A doença é causada pela baixa produção ou má ação da insulina, o que pode gerar complicações graves como doenças cardiovasculares, perda de visão, insuficiência renal e até amputações”, explica.
O cenário global também é alarmante. Segundo artigo publicado na revista científica The Lancet, estima-se que 1,3 bilhão de pessoas no mundo possam ter diabetes nos próximos 30 anos. Hoje, a doença já afeta mais de 500 milhões de pessoas, sendo uma das dez principais causas de morte no planeta.
Tipos de diabetes e tratamentos modernos
A Dra. Elaine reforça a importância de compreender os diferentes tipos da doença: o tipo 1, geralmente diagnosticado na infância ou adolescência, o tipo 2, mais comum e associado ao estilo de vida, o pré-diabetes, e o diabetes gestacional. Ela ainda destaca uma categoria emergente, conhecida informalmente como tipo 5, que representa casos com resistência severa à insulina e falha nos tratamentos convencionais.
Com relação aos tratamentos, há avanços significativos. Além das tradicionais aplicações de insulina, existem medicações orais modernas, como os inibidores de SGLT2, que ajudam na proteção renal e cardíaca.
A tecnologia também tem desempenhado um papel importante, com o uso de sensores contínuos de glicemia como o FreeStyle Libre, que permite ao paciente monitorar os níveis de açúcar pelo celular, sem necessidade de picadas no dedo.
Prevenção é o melhor caminho
Mesmo com os avanços no tratamento, a prevenção continua sendo a principal arma. Alimentação equilibrada, prática de atividade física regular, controle do peso e acompanhamento médico são fundamentais. “É essencial fazer exames periódicos, mesmo sem sintomas. O diabetes pode se desenvolver de forma silenciosa, por isso, o diagnóstico precoce salva vidas”, alerta a Dra. Elaine.
Em alusão ao Dia Nacional do Diabetes, unidades de saúde em todo o Vale do Paraíba devem intensificar ações de orientação, triagem e encaminhamento para especialistas, como parte de uma estratégia para frear o avanço da doença na região.
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