Um estudo conduzido por pesquisadores alemães indica que passar apenas três dias longe do celular é suficiente para provocar alterações significativas na atividade cerebral, especialmente em áreas relacionadas ao sistema de recompensa e aos mecanismos de dependência.
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A pesquisa avaliou jovens adultos que permaneceram 72 horas sem utilizar o smartphone, exceto para tarefas essenciais. Durante o período, os voluntários passaram por exames de imagem cerebral e responderam questionários sobre humor e hábitos de sono.
Os resultados mostraram que regiões como o giro cingulado anterior e o núcleo accumbens, associadas ao prazer e à motivação, apresentaram maior atividade após o afastamento do celular. Também foram observadas mudanças nos sistemas de dopamina e serotonina, neurotransmissores que influenciam diretamente no humor e na sensação de bem-estar.
Além das alterações neurológicas, muitos participantes relataram melhora na qualidade do sono e redução de sintomas de ansiedade. Os cientistas destacam que os efeitos são comparáveis aos observados em estudos sobre dependência química, reforçando a hipótese de que o uso excessivo de smartphones pode desencadear padrões semelhantes de comportamento compulsivo.
Embora os resultados sejam iniciais, os pesquisadores defendem que pequenas pausas no uso do celular podem contribuir para a saúde mental e abrir espaço para reflexões sobre o impacto da tecnologia na vida cotidiana.
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