O estado de São Paulo registrou uma redução expressiva de 86% no número de focos de incêndio em agosto de 2025 em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram contabilizados 494 focos de queimadas, contra 3.612 em agosto de 2024, segundo dados do programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O resultado também ficou abaixo da média histórica do período, que é de 1.014 ocorrências.
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A queda ocorre em meio ao fortalecimento das ações da Operação SP Sem Fogo, iniciativa do Governo de São Paulo em parceria com as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Segurança Pública e Defesa Civil. Durante a estiagem, a operação entra na fase vermelha, com intensificação das medidas de prevenção e combate.
Entre as novidades deste ano está a criação da Sala SP Sem Fogo, no Centro de Gerenciamento de Emergências, que permite o monitoramento em tempo real de focos de calor, direção do vento e umidade do ar. O sistema de alerta georreferenciado também foi implementado, enviando notificações automáticas sempre que focos surgem próximos a unidades de conservação.
O governo estadual também alterou a Resolução SIMA 05/2021, endurecendo punições contra queimadas ilegais. A legislação passou a prever multas específicas para proprietários rurais que não adotarem medidas preventivas, variando de R$ 5 mil a R$ 10 milhões, além do aumento das penalidades para incêndios provocados sem autorização.
Para reforçar a operação, a Fundação Florestal destinou R$ 11 milhões a ações como contratação de bombeiros civis, aeronaves e equipamentos. O DER investiu mais de R\$ 300 milhões na conservação de rodovias, incluindo medidas preventivas contra incêndios. O Corpo de Bombeiros capacitou 1,9 mil agentes e outros 900 seguem em treinamento, enquanto a Defesa Civil já preparou 3 mil agentes de 600 municípios.
O inverno mais úmido e com maior nebulosidade também ajudou a reduzir as condições climáticas favoráveis ao fogo. Criada em 2023, a Operação SP Sem Fogo já entregou 348 veículos a municípios prioritários e, em 2025, contará pela primeira vez com 20 caminhões-pipa para reforçar o combate às queimadas.
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