Nesta segunda-feira (6), o governador João Doria (PSDB) prorrogou a quarentena no Estado de São Paulo por mais 15 dias para conter o avanço do novo coronavírus. O país chegou a 12.056 casos confirmados e 553 mortes pelo Covid-19. Com o crescimento dos números, órgãos e profissionais de saúde orientam que as medidas de prevenção também sejam reforçadas.
Em relação ao uso de máscaras, a primeira orientação era que, além dos profissionais da saúde, usassem somente as pessoas que apresentassem sintomas gripais. Porém, como o Covid-19 é assintomático e os casos vêm aumentando no país, o uso da máscara passou a ser aconselhável como ferramenta de combate a doença.
Fernando Bizarria, médico especialista em Imunologia e pneumologia, que está trabalhando nos plantões de combate a Covid-19 em São José dos Campos, apoia o uso, porém, a população não deve comprar máscaras hospitalares, elas devem ser direcionadas aos profissionais da saúde. Uma boa alternativa é o uso de máscaras artesanais.
“A medida de ampliar o uso das máscaras por todo mundo é uma medida bacana, mas é preciso bom senso. Não dá pra população em geral utilizar máscaras médicas, até porque elas são específicas. O que é proposto é o uso de máscaras que podem até ser feitas em casa, a máscara artesanal. É uma barreira física, uma proteção a mais. [...] Isso diminui muito a propagação e infecção. Se alguém estiver com coronavírus e esse paciente usar uma máscara de pano, a chance dele espalhar o vírus é muito menor”, afirma o médico.
Fernando indica que as pessoas sem diagnóstico de coronavírus e/ou sem sintomas usem máscaras caseiras feitas com tecidos mais grossos.
Na última sexta-feira (3), o próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recomendou à população que pare de comprar máscaras descartáveis e faça a própria peça de proteção, com pano e elástico.
No mesmo dia, a SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) publicou uma nota onde se posicionou a favor do uso das máscaras artesanais. No entanto, o porte do equipamento não extingue a necessidade de outras medidas preventivas.
“A partir do exposto, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) considera aceitável o uso de máscaras artesanais por indivíduos assintomáticos durante a pandemia do novo coronavírus, especificamente quando expostos a ambientes sujeitos ao contato com maior número de pessoas, tais como uso de transportes coletivos, ida a mercados, feiras, etc. Os usuários de máscaras artesanais deverão lavar as mãos com água e sabão, ou higienizá-las com álcool a 70%, antes e após o uso. Tais máscaras deverão ser descartadas ou rigorosamente lavadas depois de utilizadas”, aponta a nota.
Pesquisadores da Univap (Universidade do Vale do Paraíba) em parceria com empresários e voluntários da região, estão trabalhando para produzir equipamentos de proteção individual para profissionais que estão na linha de frente na luta contra o coronavírus.
As máscaras estão sendo confeccionadas por meio de impressoras 3D e máquinas de corte a laser, seguindo os padrões aprovados pela Anvisa.
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Até o momento, foram arrecadados R$ 13,5 mil e entregues 2.463 peças, distribuídas para hospitais e prefeituras prioritariamente da RMVale em São José dos Campos, Jacareí, Caraguatatuba, Caçapava e Monteiro Lobato.
O grupo também enviou algumas unidades para cidades de outros estados, em Minas Gerais, Amapá, Paraíba, Paraná e Rio Grande do Sul.
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