Crônicas e cia

Coluna de Felipe Cury homenageia Edvar Simões

Santo de casa faz milagre

Escrito por Meon

18 FEV 2024 - 23H00 (Atualizada em 18 FEV 2024 - 23H14)

Reprodução

O PENSAMENTO: – “Nada pode impedi-lo, quando você estabelece um objetivo. Ninguém pode impedi-lo, a não ser você mesmo” – Sidney Sheldon

O FATO: Quando li o pensamento acima, veio-me à mente, a figura notável de José EDVAR SIMÕES. Edvar foi um dos maiores jogadores de basquete do Brasil e do mundo e seu poder vinha de sua força de vontade; era um obstinado perseguidor de seus ideais que o conduziam às vitórias.

Edvar começou sua carreira no Tênis Clube de São José, passando depois pelo Corinthians (foi campeão da Taça Brasil em 1965), Trianon (de Jacareí, que tinha o grande astro UBIRATAN – grande Amigo de Edvar) e Palmeiras, onde encerrou sua carreira como atleta.

Relembro, com saudades, da dupla inesquecível de EDVAR e PEDRO YVES, que juntos superlotavam os Ginásios de Esporte. Edvard atingiu a glória e PEDRÃO enveredou-se pelo lado político e chegou a Prefeito de São José dos Campos.

O nosso EDVAR defendeu a Seleção Brasileira de Basquete em competições importantes, participou de três olimpíadas: Tokio, Cidade do México e Monique, sendo que em Tokio ganhou a medalha de bronze. Hoje Edvar é o único medalhista olímpico joseense.

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 1964 conquistou a medalha de bronze. No Campeonato Mundial de 1970, foi vice-campeão no Uruguai e 1967, terceiro lugar na Iugoslávia.

Comandou a Seleção Brasileira em sete oportunidades. Depois de atuar como jogador, Edvar iniciou uma vitoriosa carreira como treinador, tendo acumulado conquistas importantes, como os cinco títulos da Taça Brasil: 1981 pelo São José e o tetracampeonato pelo Monte Líbano (1984/1985/1986/1987) e dois Campeonatos Sul-Americanos, também com o Monte Líbano (1985 e 1986).

O espírito de liderança fez dele um atleta e técnico sobejamente acatado e respeitado em todas as suas atividades. Era “brabo”, bravo, autoritário e querido. Certa vez, no Ginásio “Linneu de Moura” (Saudoso), chefiando como técnico a equipe de São José, exasperou-se diante da apatia de seus comandados que perdiam a partida, sem reação, sem empenho e com preguiçosa indiferença. Edvard, no intervalo, reuniu seus jogadores e falou com muita autoridade: - “O que está faltando não é orientação técnica, é falta de vergonha. Vou-me embora pra casa. Depois fico sabendo do resultado”. Não deu outra: a equipe virou o resultado, ganhou brilhantemente a partida e foi campeã.

Homem de visão, rompeu a fronteira do basquete e ingressou no futebol. No futebol foi técnico do São José Esporte Clube, gerente de futebol do Corinthians e Palmeiras; Dois jogadores que o Edvar sempre cita em suas entrevistas como brilhantes e pelos quais tem grande admiração: Ubiratan e Wlamir Marques.

Em 2004, foi diretor de futebol do Corinthians, após ter dirigido o time de basquete do Corinthians/Mogi e permaneceu no cargo até março de 2007. Também foi comentarista esportivo, atuando na Rede Bandeirantes.

Recebeu, recentemente, o título de cidadão de Jacareí, entre outras, como ginásio do Sesi e o ginásio do Tênis Clube. Edvar é um exemplo de atleta e cidadão que se preocupa com sua família, cidade e país. Hoje, desfruta de merecido descanso de um jovem-cidadão que sabe curtir uma família maravilhosa, plena de carinho.

Um dos melhores prazeres da vida, é quando o encontro na Praça do Aquarius, e me encanto de suas histórias vividas empolgadamente durante sua coroada carreira de esportista.

De sua vida esportiva profissional, conta histórias hilariantes e espirituosas sobre dirigentes e craques do festivo esporte brasileiro. Edvard é altamente politizado e domina a HISTÓRIA POLÍTICA DO BRASIL e até do Mundo. Com muita sabedoria e credibilidade. É um “papo” extraordinário. Vale a pena encontrar com ele.

Edvar, um ídolo de todos nós!!!

COLUNISTA

Felipe Antônio Cury, mineiro de Três Corações, reside há mais de 60 anos em São José dos Campos.

Formado em Ciências Jurídicas e Administrativas, pela Fundação Joseense de Ensino, foi Professor de Língua Portuguesa e Comunicação, na Escola Técnica “Olavo Bilac”.

Foi presidente da ACI - Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos, por 8 anos, além de ocupar outros importantes cargos em diversas instituições do município.

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