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Humor externo e alta de commodities dão tom positivo na abertura da Bovespa

Amparado pela alta das commodities e seguindo o humor que vinha das bolsas do exterior, os negócios no mercado acionário doméstico iam pelo terreno positivo nesta primeira etapa da quinta-feira, 31. Imediatamente após a abertura, o Ibovespa retomava o nível dos 71 mil pontos que foi perdido na sessão de quarta-feira. Após o início dos negócios em Nova York, o principal índice da Bovespa desacelerou o ritmo de ganhos e, às 10h34, subia 0,28% aos 71.084,82 pontos.

Em Wall Street, os índices seguiam no positivo com os investidores focados em uma série de indicadores econômicos. Além disso, o mercado aguarda um discurso de um dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). As questões geopolíticas envolvendo a Coreia do Norte e os impactos da depressão tropical Harvey seguem monitorados.

A abertura dos negócios tende a refletir o humor externo de alta generalizada dos mercados acionários e das cotações de commodities. A forte valorização do minério de ferro no porto de Qingdao, na China, deve influenciar o desempenho dos papéis da Vale e empresas correlatas. Após muita volatilidade na quarta, as cotações dos contratos futuros de petróleo apontam para alta e também podem amparar as ações da Petrobras. Ainda lá fora, os principais indicadores futuros em Nova York também apontavam para valorização.

De acordo com Marco Tulli Siqueira, gestor de renda variável da Coinvalores, o sentimento dos investidores com relação às perspectivas futuras da economia brasileira também pode se sobrepor a fatores pontuais como a derrota do governo nesta madrugada no Congresso, que adiou a votação de proposta de revisão as metas fiscais.

Para Siqueira, a sinalização de governo em relação às privatizações de ativos importantes como a Eletrobras e o aeroporto de Congonhas juntamente com a queda consistente da taxa básica de juros, a Selic, cria uma expectativa positiva para os investidores. "E a ida do presidente Temer à China para apresentar a carteira de investimentos ajuda."

Aliado a isso, na quarta, se por um lado houve o adiamento da votação para a revisão das metas, por outro, o texto-base da Taxa de Longo Prazo (TLP), uma importante reforma fiscal com impacto futuro na dívida pública, foi aprovado na Câmara dos Deputados sem mudanças. No entanto, ainda segue no radar dos investidores, pois tem prazo apertado para ser votada no Senado antes de caducar - no dia 6 de setembro.

Nesta quinta, o governo vai enviar um projeto orçamentário "fictício" para 2018, pois não contemplará a meta de déficit fiscal de R$ 159 bilhões. A intenção é retomar a apreciação dos dois destaques na próxima terça-feira, 5, às 19 horas, para quando foi convocada nova sessão conjunta do Congresso.

Na quarta-feira, o Ibovespa teve um pregão de baixas atribuídas a um movimento de realização de lucros recentes, fechando em queda de 0,62%, aos 70.886,25 pontos.

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