Por Gilmar Torquato Em Opinião

TOC: entenda quando suas manias são doença

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TOC atinge 4,5 milhões de pessoas no Brasil

Divulgação

Todo mundo tem suas manias. Não passar debaixo da escada, verificar o registro do gás antes de dormir ou colecionar coisas estão entre as mais comuns. Entretanto, quando essas manias saem do controle, gerando angústia e ansiedade quando não praticadas, pode ser um sinal de TOC (Transtorno obsessivo-compulsivo), doença que, só no Brasil, atinge aproximadamente 4,5 milhões de pessoas, mas que pode ser controlada. 

De acordo com o psiquiatra e pesquisador da UnB (Universidade de Brasília) Raphael Boechat, o limite entre uma simples mania e o TOC está no quanto essas obsessões prejudicam a vida do paciente. “Se a mania não gera nenhuma consequência ruim para a pessoa, tudo bem, mas quando o paciente não consegue levar uma vida normal caso não a realize, é hora de se preocupar”, explica o médico.

Segundo ele, os pacientes obsessivos-compulsivos, quando não podem realizar a sua compulsão, são tomados por uma ansiedade extrema, ficam nervosos e não conseguem se concentrar em outras atividades. “Quando uma pessoa que tem TOC relacionado a lavar as mãos se vê em uma situação em que isso não pode ser feito, ela fica transtornada, muito ansiosa, e procura a qualquer custo realizar sua mania. É algo incontrolável”, exemplifica.

Ainda não se sabe exatamente o que causa o transtorno. Os médicos acreditam que o distúrbio possa estar ligado a fatores genéticos, já que é mais recorrente em indivíduos que possuem o histórico da doença na família, ou pode ser desencadeado por alterações químicas no sistema nervoso.

Podem haver ainda, causas sociais para o desenvolvimento de TOC, como a depressão, situações traumáticas -como criar obsessão por segurança, após ter a casa roubada, ou por ter recebido uma educação pouco ou excessivamente severa.

O tratamento é feito por meio da associação do uso de medicamentos com a psicoterapia. “O objetivo da medicação é controlar a ansiedade. Em seguida, a terapia ajudará o paciente a identificar os rituais compulsivos e controlá-los”, explica Boechat.

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