CAPÍTULO I - SIMPLESMENTE ACONTECEU!
Baby, vamos comigo.... estou no posto colocando gasolina e vou até aí te buscar. Não, eu vou de camionete para levar algumas coisas para a obra. Vamos juntos vai.... Não. Ok. Te vejo mais tarde. Onde vocês estão? No Ranchinho ainda, a estrada está péssima, é melhor você não descer hoje. Oi amor, não vou poder descer hoje porque surgiu um problema na camionete. Vou amanhã de moto, agora vou tomar uma cerveja com os amigos. OK. Mas não vá dormir tarde, venha amanhã bem cedo.
Assim foram as últimas palavras de um amor que começou a primeira vista. Assim nossa história está suspensa depois de um enfarto do miocárdio que culminou em acidente de moto e grave traumatismo craniano que, há 16 meses, coloca a prova todos os sentimentos e crenças. Esse período foi fundamental para eu ver, rever e sozinha, porque meu esposo não interage comigo, entender o significado de um grande amor.
Não fui programada para casar. Minha mãe, que não teve muita sorte no casamento, nos criou para sermos independentes. Estudar e trabalhar. Amar mas não necessariamente formar uma família. Próximo ao final de sua curta jornada nesta vida, quando um câncer a consumiu aos 43 anos, ela tentou me mostrar que talvez estivesse errada e que o melhor seria me deixar casada. Mas não tivemos tempo de rever essa ideia e quando ela me deixou, passei dois anos chorando ininterruptamente, porque me sentia absolutamente sozinha. Ao final desse período, entendi que eu queria mesmo era uma família, mas encontrar a pessoa com quem passar o resto da vida, não é tarefa fácil. Namorei pessoas legais, outras não tão legais. Foram namoros longos e curtos. Com estrangeiro e brasileiro. Carioca e paulista. Em cada um dos amores, apenas a certeza de que não era a pessoa. Pedi a Deus e fiz trezena para Santo Antonio. Imaginei um marido amigo, parceiro. Não precisava ser rico, mas deveria ser trabalhador. Uma menina e um menino...uma família. Até que um dia aconteceu. Simplesmente aconteceu.
Oi Rê, tudo bem? Oi querida, tudo bem e você? Virá para Ilha este final de semana? Considerando que eu descia quase todos os finais de semana, a surpresa foi quando eu disse que não, porque teria uma festa em São José dos Campos. Ah, que pena. Porque? Conheci três alemães e eles virão conhecer a Ilha. Minha amiga havia morado na Áustria, falava bem alemão e os havia conhecido no Cabala, um bar inesquecível para nossa cidade e geração. Ah...venha você para a festa. Mas e os alemães? Convide-os. Boa ideia. Posso combinar de encontrá-los na sua casa? Claro. Foi assim que o vi pela primeira vez. Quando tocou o interfone, pedi para minha outra amiga – estávamos nos preparando para festa – recepcioná-los. Você fala inglês e, por favor, ofereça uma bebida para eles. Quando entrei na sala, toda produzida para a festa, vi aquele sorriso enorme. Lindo, alto, magro, sentado no braço do sofá... não acreditei. Depois das apresentações, voltei correndo para o quarto e indaguei minha amiga ilhabelense: qual deles você está paquerando? O mais bonito, ela respondeu. Que bom gosto, ele é lindo mesmo. Mas para ela, ele não era o mais lindo. Era outro Jürgen. Isto mesmo, outro Jürgen. Eram dois Jürgen. Que sorte! Depois daquele dia, nunca mais nos separamos. Era sábado. Na quinta-feira seguinte, fui para Ilhabela e ele só desceria na sexta, porque estava trabalhando no Brasil, por um curto período, sem folga por ser feriado. Sentada na escada, conversando ao telefone, ele perguntou se eu queria me casar com ele. Não tive dúvidas: sim! Ele passou todos os anos seguintes jurando que eu confundi suas palavras. Ele adora brincar com esta história. Ele adora a nossa história. Ele morava na Alemanha e eu no Brasil. Assim tudo começou....
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