“Eu só queria dar aula, nunca pensei em chegar a 30 anos de trabalho”, diz coreógrafa Cristina Cará sobre as três décadas completadas por sua academia de dança em 2014.
Os números podem indicar que papel a Academia Cristina Cará cumpre no cenário da dança joseense e nacional. São 177 premiações regionais e nacionais, 12 indicações especiais de júris, mais de 50 espetáculos criados pela própria academia e uma quantidade de alunos, se somados nesse anos, que chega à casa do milhar.
Trabalhando com os estilos balé clássico, balé contemporâneo, hip hop, sapateado e jazz (especialidade de Cristina), os 30 anos de projeto renderam aparições de montagens em todas as edições do Festidança, festival de São José dos Campos, mais de 20 anos participando do Festival de Joinville, um dos mais importantes do Brasil, e apresentações no exterior.
“Os prêmios são consequência de um bom trabalho feito com amor à dança. Nunca admiti mostrar um trabalho ruim, sempre tentei fazer trabalhos que surpreendessem a plateia”, afirma Cristina, 52 anos.
Transformações
Nessa trajetória de vida dedicada à dança, Cristina conta que é difícil apontar momentos marcantes porque a academia “vive de muitas transformações”, contudo há três situações que a orgulham.
Em 2005, quando foi considerada a melhor coreógrafa de jazz do Festival de Joinville com o espetáculo “Kokyo”, foi convidada para participar da Bienal de Dança de Lyon, na França, e para o YAGP (Youth America Grand Prix), em Nova York.
“Era uma época em que ninguém ia para o YAGP, fomos a primeira academia de São José a participar”, diz. “Disputamos com gente do mundo todo e pegamos o segundo lugar, nunca pude esperar isso na primeira participação”.
E em 2012, também em Joinville, Cristina Cará foi uma das juradas e convidada de gala da 30ª edição do festival. “Foi uma honra, é difícil de imaginar poder estar junto de tanta gente que você admira.”
Cristina, que também foi diretora da Cia. Jovem de Dança da Cidade de São José dos Campos em 2010 e 2011, explica que, além dos prêmios, ama mesmo a rotina diária da academia que a faz lembrar os tempos de dançarina.
“Tenho muito prazer em ensinar, em ver os olhinhos dos meus alunos brilhando depois de sair do palco e fazer um trabalho bem feito, é assim que posso sentir aquela minha vida de dançarina.”
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