Por Meon Em Brasil & Mundo

Dia dos Namorados: um príncipe encantado no saguão do aeroporto

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O amor supera tudo. Para Patrícia, de 42 anos, e Alberto Varela Fernandez, de 47, a distância de mais de oito mil quilômetros não foi obstáculo para escreverem uma história que começou com apenas 10 dias de namoro pessoalmente e 10 meses de contatos diários via rede social, até se encontrarem novamente para assinarem em cartório o que já sabiam desde o primeiro encontro: viveriam felizes para sempre, longe ou perto.

Graças a uma viagem para a Espanha e pelo pouco conhecimento da língua local, uma amiga em comum dos dois, que já havia morado na terra espanhola, pediu que Alberto a recebesse no aeroporto de Madri. Era 13 de março de 2015. Ele logo tratou de ser seu guia pela cidade de Valladolid, quando em uma bela noite roubou um beijo. Pat, como gosta de ser chamada, afirma ter ficado furiosa.
No dia seguinte, Alberto não apenas se desculpou como a pediu em casamento. “Eu aceitei. Tinha certeza que era uma loucura, mas achei lindo tudo aquilo acontecer. E o clima primaveril fazia tudo aquilo parecer um filme”.

Sobravam 10 dias de férias. Segundo Pat, os únicos 10 dias que namoraram cara a cara, corpo a corpo. Os outros 10 meses seguintes de namoro foram através do Whatsapp com direito a cinco horas de diferença de fuso horário.

 "Tinha certeza que era uma loucura, mas achei lindo tudo aquilo acontecer. E o clima primaveril fazia tudo aquilo parecer um filme"


O casamento também foi planejado via rede social. Ela em São José dos Campos e ele em Valladolid. Em 8 de janeiro de 2016, Alberto e Pat se casaram no civil em terras brasileiras. O matrimônio também foi validado pela União Europeia, através do consulado espanhol. 

Pat não teve dúvidas. Deixou emprego, família e amigos para viver ao lado do seu grande amor. “Ficamos casados morando em casas e países diferentes até agosto do ano passado quando fui de vez para Valladolid. Vivíamos na ponte aérea e cada reencontro era uma lua de mel que ainda não tivemos”. 

Mas em uma história de amor também há espinhos. Sete meses após o casamento, Alberto sofreu um acidente de trabalho e amputou parte da perna esquerda. “Passamos 30 dias no hospital. O primeiro passeio dele de cadeira de rodas foi comigo para que ele jamais pensasse que deixaria de amá-lo”.

Mais uma vez o amor superou tudo. Pat o fez prometer que não desistiria da vida. E, segundo ela, ele cumpriu.
“Ele foi um exemplo de superação e coragem. Nunca desistimos um do outro”, diz emocionada.

Pat conta que Alberto a surpreende todo dia 8 de cada mês, dia que se casaram. “Adoramos uma boa mesa de queijos e vinhos e saboreá-los em um parque namorando como dois adolescentes. Alimentamos nosso amor”.

Deixar bilhetes de amor espalhados pelo apartamento é um carinho que Pat faz frequentemente ao marido.
Ela diz que a impossibilidade de engravidar não afeta o relacionamento dos dois que já buscam maneiras de adotar. “Não acho justo uma criança não viver esse sonho conosco”, acrescenta.

Outro obstáculo a ser resolvido agora é a saudade. Ela sente falta da família e dos amigos, porém, resolveu apostar naquilo que faz seu coração pulsar mais forte. “Eu posso vir e eles podem nos visitar. A louca decisão de casar após um beijo foi maravilhosa. Eu encontrei meu príncipe encantado no aeroporto, aos 40 anos de vida”.


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