Por Bruna Toni Em Cultura

Cinco rotas turísticas para passar o dia em Mogi das Cruzes

Expresso Turístico da CPTM traz surpresas da 'cidade do caqui'

Vista do Pico do Urubu de Mogi das Cruzes  Foto: Bruna Toni/Tiradas com MOTO Z PLAY + HASSELBLAD TRUE ZOOM

Vista do Pico do Urubu de Mogi das Cruzes

Bruna Toni/Tiradas com MOTO Z PLAY + HASSELBLAD TRUE ZOOM

Mudar os caminhos e as formas de segui-lo pode reservar surpresas agradáveis. É isso que descobre quem embarca no Expresso Turístico da CPTM em direção a Mogi das Cruzes, cidade a 60 km de São Paulo e passagem para quem segue ao litoral pela rodovia Mogi-Bertioga.

Conhecida por suas orquídeas e produção de caqui, a cidade tem atrativos para um dia inteiro de passeio, tanto na área rural quanto na urbana.

Seu passado bandeirante e a forte presença de imigrantes japoneses e árabes marcam a identidade da cidade. Não à toa, o evento mais aguardado de Mogi é de origem japonesa: o Akimatsuri, que celebra a colheita do caqui em abril. Na época, aliás, a CPTM fará uma viagem com degustação de caqui já no trem. (bit.ly/voudetrem).

Chegando lá, com receptivo, táxi ou Uber, dá para mesclar passeios ou investir em uma das propostas que indicamos a seguir Para saber mais sobre Mogi, vá em visitemogi.com.

TURISMO DE AVENTURA
É por uma subida íngreme de terra, com resquícios de asfalto em algumas partes, que se chega a um dos lugares mais interessantes de Mogi das Cruzes: o Pico do Urubu, na Serra do Itapety. A 1 160 metros do nível do mar, o cume reserva a melhor vista da região, seja de manhã, quando o céu está sempre colorido pelas asas dos parapentes e asas-deltas que partem dali diariamente (foto), ou no fim da tarde, quando a luz do sol cede lugar à luz elétrica e as casas viram pontos iluminados.

Um carro comum consegue subir - com cuidado, paciência e num dia sem chuva, vale dizer - os cinco quilômetros até o pico pela Estrada da Cruz do Século. Há quem opte por encarar a caminhada ou as pedaladas até o local, atraente também a praticantes do mountain bike - tem até uma pista de downhill por lá.

Para voar de parapente ali, é preciso ter o certificado da Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL) ou contratar um instrutor. Em Mogi, o voo mais procurado é o que pousa na praia e tanto a Flydust (11-96847-1847) quanto a Midiafly (11-99554-2979) são escolas homologadas e recomendadas pelo Mogi Clube de Voo Livre. Mais: bit.ly/picomogi.

TURISMO RURAL
Amantes da jardinagem podem ir à loja do Orquidário Oriental (orquidariooriental.com.br), que reúne variedades de orquídeas de R$ 30 a R$ 300, em média, além de outras espécies de plantas e produtos de jardim. Nos fins de semana de março, o espaço realizará seu 1º Festival de Orquídeas, com entrada gratuita. Aberto de terça a domingo, fica a 33 km do centro da cidade.

A dica é passar por lá no retorno à capital, seguindo pela Estrada São Bento Lambari, ou pela Rodovia Presidente Dutra, se for direto de São Paulo. Também na área rural estão sítios e fazendas como a Fruticultura Hoçoya, há 50 anos na cidade e aberta a passeios para grupos de no mínimo 20 pessoas, com agendamento. Durante o tour, além de conhecer a produção, dá para degustar frutas da época, como pitaia, lichia e, claro, caqui (desde R$ 20; bit.ly/mogifruti). Veja outras opções de roteiros rurais em asdetur.com.br.

TURISMO RELIGIOSO
Para além da Igreja Matriz de Sant’Ana, no marco zero da cidade, visitar o conjunto arquitetônico das Igrejas do Carmo, no centro de Mogi, era uma das maiores expectativas da viagem, principalmente o edifício da Ordem Terceira, construído em 1780 e habitualmente fechado ao público.

Tombado pelo Iphan, sua parte mais antiga é a Ordem Primeira, de 1633, sempre movimentada pelas missas e eventos. Atravessando seu jardim interno chega-se à pequenina Ordem Terceira (foto), cuja decoração barroca e seus contornos de ouro ainda estão preservados – para conhecê-la, agende a visita: igrejadocarmomc.com.br.

Outra obra majestosa é a Mesquita Islâmica, a dez minutos do centro. Construída na década de 1980 com peças trazidas do Oriente Médio, também está aberta a visitas sob agendamento: bit.ly/mesquitamogi.

TURISMO GASTRONÔMICO
Imigração e receitas se encontram em duas paradas de Mogi. Um dos mais reconhecidos restaurantes da região, o Senzala funciona num casarão de 250 anos, antigo entreposto comercial de escravos Aberto a visitas gratuitas de terça a domingo, serve almoço aos domingos e feriados (R$ 35 por pessoa, self service; bit.ly/senzalamogi).

No centro, o Mercado Municipal é para quem quer produtos frescos e baratos. Ali, não deixe de comer o pastel da Irene, a japonesa (e a barraca) mais famosas de Mogi.

TURISMO URBANO
A fileira de cerejeiras faz jus ao parque dedicado às tantas famílias de japoneses que povoaram Mogi das Cruzes entre as décadas de 1920 e 1940. Inaugurado em 2008, o Parque Centenário da Imigração Japonesa é um dos lugares favoritos dos mogianos para passear e relaxar. Localizado dentro da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê, são 21,5 hectares por onde se espalham seus quatro lagos com pontes de estilo oriental e desfilam pranchas de stand up paddle. 

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Bruna Toni, em Cultura

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.