Cultura

SJC: Prefeito veta participação de Milly Lacombe na FLIM

Jornalista declarou que família tradicional é base do fascismo em podcast

Escrito por Meon

16 SET 2025 - 13H19 (Atualizada em 16 SET 2025 - 15H07)

Pedro Moraes/MEON

A jornalista Milly Lacombe foi retirada da programação de abertura da FLIM – Festa Litero Musical de São José dos Campos, após declarações que geraram forte repercussão nacional.

Em um podcast, ela afirmou que “essa família tradicional, branca, conservadora, brasileira é um horror. É a base do fascismo, falemos a verdade, né?”, o que provocou intensa reação de setores conservadores e autoridades locais.

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O prefeito Anderson Farias (PSD) anunciou o veto depois de uma reunião com a AFAC, entidade responsável pela gestão do Parque Vicentina Aranha, onde o evento será realizado. Segundo ele, a postura da jornalista é “incompatível com os valores do evento e com a defesa da família”.

"O que ela falou (sobre a família) é uma fala irresponsável e inconsequente, principalmente na questão cristã e num país como o nosso. Ela não participará do evento no Vicentina Aranha", disse Anderson.

O veto à jornalista foi apoiado por parlamentares conservadores da cidade, como o vereador Thomaz Henrique e José Luiz e a deputada estadual Letícia Aguiar, que criticaram a prefeitura pelo convite.

Milly já tinha, inclusive, participado de reunião online com a direção do evento para alinhar a participação dela no dia 19 de setembro, às 19h. O tema é: "Os outros no Brasil ontem e hoje". Ela dividiria o debate com os escritores Xico Sá e Luiz Silva, o Cuti. O encontro online foi divulgado nas redes sociais da Flim.

Com o tema “Eu sou porque nós somos”, a edição deste ano da FLIM acabou se tornando centro de um debate mais amplo sobre cultura, política e liberdade de expressão, ultrapassando os limites regionais e repercutindo em todo o país.

A decisão dividiu opiniões. Grupos conservadores e alguns parlamentares comemoraram a exclusão, alegando proteção a princípios familiares. Já críticos classificaram a medida como censura política, ressaltando que um festival cultural deveria promover a pluralidade de ideias e o debate de diferentes perspectivas.

A assessoria da FLIM foi procurada pela rportagem mas ainda não se manifestou.


Reprodução Reprodução

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