Você provavelmente já assistiu a algum filme, mas você sabe como ele chegou a ter som ou até cores?
No dia 28 de dezembro de 1895, os irmãos Lumière apresentaram o cinema ao mundo através de sua nova invenção: o Cinematógrafo. O filme exibido foi "Arrivée d'un Train en Gare à La Ciotat" (Chegada de um Trem à Estação da Cidade), no Salão Grand Café, em Paris.
O filme, apesar do título enorme, não teve mais de 60 segundos. Era uma novidade tão grande, que enquanto o filme estava passando as pessoas saíram correndo achando que seriam atropeladas pelo trem.
Agora vamos ver a evolução do cinema na história.
Primeiramente, os filmes eram em preto e branco e sem som, já que ainda não havia tecnologia para isso. Mesmo assim, todas as salas de cinema tinham um pianista, o que deixava os custos elevados.
Depois da invenção da vitrola, discos começaram a ser usados nas salas de exibição para não ter gastos com o salário do pianista. Mas isso também não era muito econômico, já que os discos estragavam facilmente e logo tinham que ser substituídos.
Em 1927 foi feito o primeiro filme da história com falas. "The Jazz Singer" (O Cantor de Jazz) é um musical norte-americano sobre um jovem que é expulso de casa por querer seguir seu sonho e ser um cantor de jazz. A tecnologia utilizada no filme, apesar de básica e por sincronia labial, foi revolucionária para a época.
Entre os anos de 1895 e 1937 foi descoberto como emitir sons, cores e fazer animações em vídeo e para o cinema, que já era considerado uma indústria e também uma forma de arte.
Foi no ano de 1937 que Walt Disney descobriu como fazer longa-metragens animados, com o “The Snow White and The Seven Dwarfs” (Branca de Neve e os 7 Anões).
No ano de 1906 foi descoberta a tecnologia para fazer filmes coloridos, mas na prática foi bem mais complicado - o que pode ser confirmado com o fato de que o primeiro filme colorido só saiu 13 anos depois da descoberta.
A época das guerras mundiais também foi muito importante para o desenvolvimento do cinema. A primeira Guerra Mundial não apenas fez com que novos equipamentos fossem criados e utilizados, mas também levou a uma nova era cinematográfica.
E pela primeira vez, em 1917, foi utilizado o cinema para documentar um conflito em larga escala, com o filme “Der Feldgrau Groschen” (O Campo Cinzento de Groschen).
Na segunda Guerra Mundial, a indústria do cinema já estava bem mais desenvolvida e os governos usaram isso para fortalecer as alianças entre países, como aconteceu nos Estados Unidos.
Na América do Norte, o governo contratou o Walt Disney Studios para fazer filmes reforçando sua aliança com a América do Sul. O governo também usava o cinema para fazer propaganda do partido político.
Já na Alemanha nazista, uma estratégia muito utilizada nos filmes eram os estereótipos, que representavam os americanos como traiçoeiros, manipuladores e cruéis. Lá, foram produzidos filmes exaltando a figura de Hitler e dos ideais nazistas.
Por outro lado, o cinema antinazista foi criado para agir contra a investida cinematográfica nazista. Ele começou antes mesmo do ápice da guerra, onde já se tinha certeza do perigo que o nazismo poderia causar ao mundo.
Ao final da segunda Guerra Mundial, a televisão começou a se popularizar, e isso foi um grande problema para a indústria do cinema, já que uma vez adquirida pelas famílias, a TV era muito mais em conta. Além disso, dava para assistir a filmes no conforto de casa; já o cinema, além se ser pago, não tinha muitas sessões disponíveis.
Obviamente os conteúdos transmitidos pela TV e pelo cinema são diferentes, principalmente no início da televisão, mas mesmo assim a novidade abalou muito a indústria cinematográfica e é uma pauta discutida até hoje.
No final do século XX e no início do século XXI, outra coisa que prejudicou o cinema foi o serviço de streaming da Netflix.
A Netflix foi criada no dia 29 de agosto de 1997 por Reed Hastings, matemático e cientista da computação, e Marc Randolph, marketeiro e empreendedor. Os criadores se conheceram na Atria Software e logo tiveram grandes ideias que, futuramente, contribuíram para a criação da atual Netflix.
Originalmente, o usuário do serviço da NetFlix entrava no site, selecionava o título que desejava ver e, então, o DVD era enviado pelos correios. O assinante podia ficar com o DVD pelo tempo desejado e depois o devolvia gratuitamente também pelos correios.
Não havia multas por atraso, mas o que mais atraiu clientes foi a possibilidade de um mesmo usuário receber vários DVDs em casa ao mesmo tempo, de acordo com o seu plano de assinatura.
Até aí o cinema ainda fazia sucesso, já que os DVDs (ou as antigas fitas de vídeo) só eram lançadas para venda ou aluguel após os filmes saírem de cartaz.
Porém, em 1999, os fundadores da Netflix chegaram à conclusão de que era o momento de fazer dinheiro com sua criação. Assim, eles ofereceram a Netflix por poucos milhões de dólares à Blockbuster.
Entretanto, a marca não quis comprá-la por desacreditar no potencial do site (tão conhecido atualmente) e prever que a Netflix iria falir. No final, a Blockbuster errou na sua previsão e perdeu uma oportunidade única, o que a levou à falência.
Em 2007, a Netflix se tornou a que conhecemos atualmente: em que qualquer um pode assistir o que quiser, quando quiser, com uma assinatura mensal.
Atualmente, a pandemia tem afetado muito a indústria cinematográfica. Muitas produções foram encerradas com antecedência, como ocorreu com a série Riverdale, ou até tiveram suas gravações interrompidas.
Muitos filmes concluídos não tiveram a oportunidade de serem dublados ou até legendados. Os filmes que foram legendados e dublados não puderam chegar aos cinemas, e as empresas tiveram que descobrir outros meios para não terem prejuízo.
Porém, apesar de tudo e de todos os problemas atuais, o cinema sempre terá um público apaixonado por essa forma de arte! Mas, por enquanto, que tal se acomodar, preparar pipoca e assistir a um filme?
Com supervisão de Nicole Almeida.
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