Por Michel Henrique dos Santos | Colégio Embraer Em Alunos Atualizada em 26 OUT 2020 - 16H20

A influência negra nos esportes

Em um ano no qual diversos casos de racismo, como o de George Floyd, causaram revolta ao redor do mundo, vale relembrar casos de superações de negros, nesse caso atletas, que venceram o preconceito e se destacaram.

Jesse Owens foi um atleta americano, negro, que ganhou quatro medalhas de ouro no atletismo olímpico de 1936. Na ocasião os jogos ocorreram na Alemanha nazista, que atreladas às ideias de Hitler defendia a superioridade branca em relação aos negros. Vencendo a competição em território alemão, e com Hitler o assistindo, Owens foi símbolo de uma vitória negra frente ao racismo.

A brasileira Aida dos Santos é uma das atletas mais emblemáticas da história do esporte brasileiro. Nos jogos olímpicos de Tóquio em 1964, foi a única mulher a viajar sem técnico, sem material e sem roupa para a cerimônia de abertura da competição. Com todas as dificuldades que enfrentou, foi a primeira atleta brasileira a disputar uma final de salto em altura, conquistando o quarto lugar, resultado esse que seria o melhor durante 32 anos a ser alcançado pelo Brasil.

Primeiro piloto negro a correr oficialmente pela Fórmula 1 e hexacampeão mundial, Lewis Hamilton teve dificuldades no início de sua carreira ao ponto de seu pai ter recorrido a John Button, pai de Jenson Button, também campeões mundiais de Fórmula 1, buscando ajuda financeira para que seu filho pudesse correr. Vencendo todas essas dificuldades, Lewis Hamilton marcou seu nome no esporte e atualmente usa sua influência para protestar contra o racismo, fazendo protestos, indo a manifestações, assim, dando maior voz à luta negra.

Um dos maiores atletas do século XX, o pugilista Muhammed Ali, além de ter seu nome escrito na história do boxe, também foi um símbolo da luta contra o preconceito, sendo marcante o fato de que, em 1967, o atleta se recusou a ir para a guerra do Vietnã, justificando tal atitude dizendo "Por que eles deveriam me pedir para colocar um uniforme, ir a dez mil milhas de casa e atirar bombas e balas nas pessoas marrons no Vietnã enquanto as pessoas chamadas de 'nigger' em Louisville são tratadas como cachorros e negadas de direitos humanos básicos?". Após o ocorrido, foi julgado a 5 anos de prisão e perdeu seus títulos mundiais, porém tal fato não impediu que o atleta voltasse aos ringues e marcasse definitivamente seu nome no boxe.

Seja no passado ou no presente, a luta contra o preconceito racial ainda é numa realidade seja dentro ou fora do esporte. Todavia, a imagem de figuras emblemáticas que se dispõem a batalhar para um futuro melhor deixam uma luz para o fim do preconceito.


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Com supervisão de Samuel Strazzer, jornalista do Grupo Meon. 



Escrito por:
Michel (Arquivo Pessoal )
Michel Henrique dos Santos | Colégio Embraer

Aluna do 2° ano do Ensino Médio do Colégio Embraer - Juarez Wanderley, em São José dos Campos

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