Por Michel Henrique dos Santos | Colégio Embraer Em Alunos Atualizada em 15 SET 2020 - 15H43

As crises sanitárias ao longo dos anos

Ainda que já se tivesse conhecimento do causador da gripe desde 1930, a Gripe Espanhola somente teria uma vacina em 1944

Com a pandemia da Covid-19, surgiram dúvidas sobre como a sociedade se portaria ao final da crise. Com uma nova realidade e novos costumes, não apenas pontos negativos e tristezas viriam, mas também seria possível absorver alguns aprendizados.

Há pouco mais de 600 anos, no século XIV, surgia na China a Peste Bubônica (Peste Negra). Ela seria levada à Europa por genoveses e levaria cerca de um terço da população a óbito.

Por sua alta taxa de contaminação, visto que a doença era transmitida por pulgas de ratos, e como a higiene da época era precária, teve sua transmissão ainda mais facilitada.

Além disso, como na época a igreja tinha grande influência, a gripe foi tratada como um castigo divino, levando muitas pessoas a se isolarem em casa por medo. Isso ajudou a combater a transmissão da peste.

Com o tempo, vilarejos passaram a adotar costumes mais higiênicos como meio de defesa - outro fato que ajudou na batalha contra o vírus. Após todos esses ocorridos, o mundo se viu obrigado a evoluir.

A Europa teve mudanças. Viriam a passar por revoluções científicas, que levariam ao expansionismo naval e o mundo se transformaria completamente.

Durante a Primeira Guerra Mundial, em 1918, outra grande pandemia apareceria ao redor do mundo: a Gripe Espanhola. Apesar do nome, acredita-se que foi originária dos Estados Unidos, porém teve esse nome por conta da Espanha ter sido um dos países que mais informou sobre os cuidados com a gripe.

Pelo fato do mundo estar em guerras houve muita omissão sobre os problemas com a doença. Devido a fatores políticos, entretanto, foram divulgadas certas medidas de isolamento, que não tiveram grandes sucessos.

Também se acredita que, inicialmente, a gripe era chamada de “resfriadinho” (por falta de informação), o que levou a uma grande transmissão. Além das condições de saúde e tratamentos medicinais mais inferiores da época, isso contribuiu para as 50 milhões de vidas ceifadas pelo vírus.

Como a doença teve uma grande taxa de infecções e óbitos, em 1920 ela foi controlada pela chamada “imunidade de rebanho”, que ocorre quando o vírus se espalha tanto que a população desenvolve uma imunidade coletiva contra o vírus.

Ainda que já se tivesse conhecimento do causador da gripe desde 1930, a Gripe Espanhola somente teria uma vacina em 1944. Todos esses ocorridos durante a chamada “mãe das pandemias” viriam a contribuir para que o mundo evoluísse na área da medicina e criasse meios de prevenções para casos como o atual.

Além de que países como o Brasil, que tinham sistemas de saúde precários, se desenvolveram para maior proteção de suas populações.

Em 2020, novamente uma gripe surge no mundo: o novo coronavírus. Agora, em um mundo com a medicina avançada, meios de comunicações em massa, mas que ainda assim há dificuldades em conter o vírus. Em razão da Covid-19, o mundo terá de olhar para frente e, assim como no passado, ao fim dessa crise levar novos ensinamentos ao futuro.

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Com supervisão de Nicole Almeida, jornalista do Grupo Meon.

Escrito por
Michel (Arquivo Pessoal )
Michel Henrique dos Santos | Colégio Embraer

Aluna do 2° ano do Ensino Médio do Colégio Embraer - Juarez Wanderley, em São José dos Campos

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