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Economia Colaborativa: a revolução do consumo

Conheça o conceito que vem transformando o modelo capitalista

Ingrid Latanzi (Arquivo Pessoal )

Escrito por Ingrid Vitória Latanzi Silva

28 OUT 2021 - 10H39 (Atualizada em 28 OUT 2021 - 11H01)

Arquivo pessoal

Há séculos a troca de objetos está presente no nosso dia a dia, seja entre amigos, família ou vizinhos, contudo apenas alguns anos atrás que essa ação saiu da prática e foi para a teoria ganhando o nome de economia colaborativa. Ela transformou o modelo de consumo atual e vou te mostrar como.

O que é Economia Colaborativa?

Citada pela primeira vez em 2008, a Economia Colaborativa é um conceito que promove o compartilhamento de bens, em vez da aquisição deles. Assim, as pessoas que buscam aquilo que precisam ou desejam, geralmente, são intermediadas por plataformas digitais de troca. Ou seja, a economia colaborativa basicamente é a prática de vender o mesmo produto várias vezes, sem a posse, transformando o acúmulo de bens do mundo capitalista.

Percebe-se que a junção da tecnologia com a colaboração não chegou apenas para ressignificar o modelo de aquisição de bens, mas desenvolver um conceito que está a cada dia mais presente na sociedade, através de conexões em rede pelo mundo propiciadas pelas marcas. Além disso, a ideia de compartilhamento se tornou ainda mais forte e deixou de lado o pensamento individual de consumo para algo mais coletivo.

No Brasil, isso é algo muito presente, já que o país lidera o ranking de iniciativas do tipo colaborativa na América Latina de acordo com o IE Business em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Ministério da Economia e Competitividade espanhol que expôs, que o Brasil foi identificado como o país com o maior número de iniciativas desse tipo, com 32% do total da região, seguido pelo México (13%), Argentina (13%) e Peru (11%). O que evidencia a mudança do comportamento de consumo por parte da sociedade.

Essa é uma tendência que vem ganhando cada vez mais espaço, alguns estudos como o da consultoria PriceWaterHouseCoopers (PWC) em que demonstrou que até 2025, a Economia Colaborativa movimentará mais de US$ 350 bilhões em todo o mundo, respondendo por cerca de 30% do PIB de serviços.

A economia colaborativa é um conceito incrível, mas não caminha sozinha, junto dela há um estilo de consumo específico que envolve partes com um objetivo comum chamado consumo colaborativo.

O que é Consumo Colaborativo?

O consumo colaborativo é um sistema de compartilhamento que atrelado à sustentabilidade prega a não aquisição de produtos. Em geral há várias motivações que levam as pessoas a adentrarem nesse estilo de vida. O primeiro deles é o benefício econômico, que passa ser lucrativo por ser mais barato e possibilitar uma renda extra a partir da retirada de um valor de um bem que você já possui.

O segundo aspecto é o social. Algumas pessoas optam por viver compartilhando pertences com o propósito de conhecer gente nova, através de uma experiência diferenciada. E por último o benefício ambiental, que possibilita um aumento na qualidade do produto - que é mais durável e de aquisição mais sustentável.

Os pilares da economia colaborativa são: compartilhar habilidades, reduzir o consumo sem consciência e reaproveitar nichos altamente lucrativos.

Para esse estilo de consumo acontecer efetivamente, ambas as partes precisam ser beneficiadas, pois só assim o propósito desse conceito será alcançado, já que esse sistema faz com que elas dividam recursos sem sacrificar seu estilo de vida.

Não falta exemplos de economia colaborativa, veja alguns:

1. Uber

Reprodução: Bigstock
Reprodução: Bigstock

Quem nunca na hora da pressa para chegar ao local de destino chamou um Uber para se locomover? Bom, apesar de não ser o único no mercado de mobilidade esse é um dos exemplos mais famosos de colaboração, pois em vez de ter a aquisição de vários carros, há um compartilhamento de um transporte intermediado por um aplicativo que conecta pessoas a um objetivo comum: Transporte.  

2. Netflix

Reprodução: Olhar Digital
Reprodução: Olhar Digital

Só quem viveu a época de alugar um filme por uma semana, o famoso “três por dez”, ou o período das prateleiras de DVD’s no armário da sala sabe, que a Netflix chegou para revolucionar as necessidades humanas, tirando o foco de obter o produto físico, para que através da internet o usuário desfrute da sua série ou filme em qualquer lugar, sem que o cliente tenha a posse de cópias.   

3. Airbnb 

Reprodução: Anfitriões de aluguel
Reprodução: Anfitriões de aluguel

Ganhar dinheiro extra, conhecer novas pessoas e ajudar o meio ambiente. Três benefícios da Economia Colaborativa super visíveis na locação de casas através da plataforma Airbnb. A tecnologia com a colaboração reinventou o mercado imobiliário para algo mais acessível e prático a todos, não só em hospedagem, mas também em residências de moradias temporárias. Assim, o cliente paga menos e o anfitrião ganha mais.

4. Spotify

Reprodução: Shutterstock
Reprodução: Shutterstock

Sabe quando estreava o CD novo do seu cantor preferido e você saia para comprar ou até mesmo quando você ficava horas esperando baixar as músicas do seu computador para conseguir ouvir pelo MP3? Tudo isso foi transformado com a chegada do Spotify, pois você escuta diversas músicas até mesmo fora de casa. Hoje em dia, temos todos os estilos musicais na palma da mão, sem a necessidade de adquirir o álbum físico.

Isso prova como a economia colaborativa está inserida no nosso dia a dia e muito do que consumimos hoje faz parte dessa esfera de colaboração. Esse modelo de consumo é uma tendência que ressignificou e transformou o que conhecemos como: posse de bens.

Espero que tenham gostado e aprendido bastante. Fique ligado e acompanhe o Meon Jovem, esse projeto esplêndido, que instiga talento e desperta oportunidade.

Com supervisão de Yeda Vasconcelos, jornalista do Meon Jovem.





Escrito por:
Ingrid Latanzi (Arquivo Pessoal )
Ingrid Vitória Latanzi Silva

Aluna do 3° ano do Ensino Técnico em Administração - Colégio Univap - Unidade Centro - São José dos Campos

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