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Espartilhos: uma forma de repressão feminina?

Saiba porque roupas que modelam o corpo estão tão usuais.

ANA CLARA FONSECA (1) (Arquivo Pessoal)

Escrito por Ana Clara Fonseca

23 ABR 2021 - 13H11 (Atualizada em 23 ABR 2021 - 16H22)

Site Grandes Mulheres

Com a volta dos Espartilhos nas redes sociais, nas novas trends de aplicativos como o TikTok ou o Instagram, surgem perguntas como: por que itens antigos estão voltando à moda? Em meio a todo o movimento feminista, que está cada dia mais ativo nas redes sociais, por que roupas que modelam o corpo no padrão imposto pela sociedade estão tão usuais?

Primeiramente, precisamos entender que os Espartilhos e Corset não são símbolos de repressão feminina. Em primeiro momento, eram usados como uma forma de ajeitar a coluna e dar rigidez no corpo para as mulheres que, em meados do século XIV, conseguiam o direito de trabalhar e carregavam muito peso. Por isso, problemas na coluna ficavam cada vez mais comuns e na busca por resolver esse problema os Espartilhos foram criados.

Séculos depois, no período Renascentista na Europa, a beleza e harmonia do corpo tiveram grande influência sobre o vestuário de homens e mulheres. Foi nesse período, que devido à grande exaltação do corpo feminino, os espartilhos e corsets foram usados com a intenção de adornar o corpo. Eles se transformaram em mecanismos para diminuir a cintura e realçar os seios, dando assim, mais proporcionalidade e beleza às mulheres, não deixando de contribuir para deixar a coluna reta, sua função primordial.

Durante o século XVIII, novas versões ainda mais rígidas dos acessórios surgiram. Muitas vezes, com intuito de embelezar as mulheres, mas sem perder a sua primeira função de facilitar o trabalho, daquelas que revolucionaram a sociedade. Sendo assim, as trends que estão em alta nas redes sociais e usam os Espartilhos não são um problema ao movimento feminista, visto que utilizam de acessórios de mulheres que revolucionaram e enfrentaram um mundo machista para promover seus direitos e lutar por igualdade. Uma luta que  as mulheres ainda enfrentam nos dias atuais em busca da liberdade e sem julgamentos sociais.

Escrito por:
ANA CLARA FONSECA (1) (Arquivo Pessoal)
Ana Clara Fonseca

1º ano do Ensino Médio - Colégio Embraer Juarez Wanderley - São José dos Campos.

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